quinta-feira, dezembro 18, 2003

Ele esperava pegar seu filho naquele dia, como deveria acontecer em todas as quartas, mas por ser acusado de arruinar a vida de sua ex-mulher, fora privado disso, acabou tendo que se contentar com um passeio breve. Ao deixar novamente seu filho na casa de sua ex, eles sofrem juntos, pai e filho, em despedida sentida, até que puxado das grades que o separava de seu pai, nada mais resta ao filho além de acenar, juntar ambas as mãos à boca e enviar um beijo, beijo que atravessaria qualquer grade, qualquer barreira, para alcançar o coração do pai, beijo melancólico, cheio da tristeza de partir, da tristeza de deixar.

quarta-feira, novembro 19, 2003

Resolvendo tudo, parte II

Amigos,

Bem, felizmente a Debra está se resolvendo mais definitivamente com seu namorado suéco, a gente conseguiu ter a primeira conversa séria sobre o que o Cauê depois de algum tempo, em parte por que ela se abriu sobre o que está fazendo e suas incongruências amorosas.

De fato, acho que consegui persuadí-la a fazer massagens com a loção anti-alérgica do Cauê num ambiente reservado, depois de se acalmar, relaxar, para que o Cauê sinta a segurança de tê-la de forma íntima por perto ao menos algumas vezes por dia durante meia hora.

Posso dizer, que da minha parte, já consegui convencer o emocional de que não adianta uma grande paixão unilateral, que não se vive um amor só seu, que todo amor, para dar certo, tem que ser propriedade mútua do casal e, com isso, a paixão foi diminuindo. Tá que ter um novo amor ajudou muito, não dá nem para pensar em negar isso.

Agora é constriuir nossa vida feliz, para que as pessoas que amamos ou queremos bem possam ser felizes com isso também.

terça-feira, novembro 18, 2003

Anjo Mecanico e o meu Quati: o início

Estava refletindo sobre quão projetivos são meus nicks ou apelidos na Internet, quando conheci a Di estava usando o lendário BiChOqUePuLa, pode parecer bôbo, simplesmente uma brincadeira com o bloco Kangurú, mas se fosse só isso não tinha sido meu nick por um bom tempo. A análise do BiChOqUePula fica para outra hora, que minha vontade é da análise do Anjo Mecânico.

Antes de completar o post, quem se atreve a explicar esse nick? Ah, alguém não sabia que esse não era apenas o nome do meu blog? É, não é, é mais do que isso, é um nick que uso há muito tempo na Internet, há muito que assino assim algumas coisas, e foi quase mágico escolhê-lo para esse meu blog, que talvez esse é o período em que essa dualidade do Anjo Mecânico esteja mais acentuada, já ia explicando, não, o mais interessante desse post vão ser os comentários, é que eu sou muito auto-reflexivo e antes de lançar um consenso sobre eu mesmo, que ninguém ia ousar debater sobre isso.

Eu espero por algumas tentativas, quero principalmente dos leitores que nunca se manifestam, eu sei que vocês estão aí, essa é a oportunidade de falar sobre o pouquinho de mim que conhecem, um pouquinho sobre o anjo ou sobre o mecânico, se alguém se aventurar pode até ensaiar montar o leo da maior parte do tempo hoje em dia.

Os melhores comentários viram posts, com direito a reflexão, melhores para mim, claro.

Sim, se BiChOqUePuLa teve sua inspiração imediata na aventura de se enfiar no meio do fortal para ver no que dava, por que enfim, eu tinha que ser pelo menos por um momento, um ser da maioria, Anjo Mecânico tem sua inspiração direta no filme Laranja Mecânica do Stanley Kubrick, mas para ir além disso, é preciso ficar "de olhos bem fechados" e descobrir essa "full metal jacket" que reveste "o iluminado" em sua "odisséia no espaço" quotidiano depois de perder sua "lolita".

segunda-feira, novembro 17, 2003

quarta-feira, novembro 05, 2003

This is the end, my only friend, the end...

Hora do friozinho na barriga, há vários e vários dias que estou assim, sentindo esse friozinho na barriga, agora é o fim, o fim de verdade. Eu sei que já disse outras vezes que era o fim e de fato era, algum momento foi o começo do fim, formalmente, eu entendo o começo do fim como o dia que voltei de Floripa, mas pode ter sido antes, em algum dia depois que a Debra soube que estava grávida, mas agora é o fim mesmo, é o fim por que eu estou colocando um monte de pedras em cima, não só uma, por que uma não seria suficiente para colocar tudo para dormir.

Esse post talvez maltrate um pouco a Di, talvez não, espero que não, se maltratar, espero que não seja muito, acima de tudo, segundo ela, nós vivemos uma tal duma sigla, algo como ACP, ela comenta dizendo se é isso e o que isso significa se ela achar que deve, então eu vou escrever um pouco sobre este momento.

Algumas coisas ficam meio embaralhadas, durante um tempo eu sofri violentamente por estar sendo rejeitado, então sofri inúmeras vezes com a tentativa de retomar meu relacionamento com a Debra, eu estava numa queda acelerada, com dias em que em que eu estava numa crise tão forte, que mal podia falar com qualquer pessoa, algo se embolava no meio da minha garganta, ao ponto de estar quase desesperado.

Quase nesse ponto a Di ressurgiu na minha vida, como amiga, eu sempre tive algo muito forte com a Di, desde há muito tempo, de me sentir confortável junto dela, talvez seguro, principalmente, eu gosto do jeito que ela escreve. Naquele momento eu havia desistido da Debra, desistido racionalmente, não que meus sentimentos ou meu sofrimento tivessem acabado alí. Não, o sofrimento acabou, mas o sentimento diminuiu, muito, mas não acabou.

Agora, eu estou namorando, ainda virtualmente, com a Di, a Debra já sabe disso e a opinião dela é pública sobre o meu novo relacionamento, ela está fazendo terapia que eu pedi que ela fizesse ou que a gente fizesse durante anos, e a Debra decidiu que me ama de novo e está arrependida de tudo que fez. Eu não chego a confiar na perenidade desse sentimento, não mais.

Então eu estou colocando muitas e muitas pedras em cima da minha paixão pela Debra, estou construindo um relacionamento com a Di, que é totalmente, completamente oposto ao que eu tinha com a Debra, ela tem todas as virtudes que faltavam na Debra, mas também não tem as virtudes que a Debra tem, daí­ que o meu relacionamento coma Dié um relacionamento de amor, muito amor mesmo, e o com a Debra era, de muita paixão, muita mesmo.

E com o friozinho na barriga ficam todas as inseguranças, que já não são tão grandes, mas que existem. De qualquer forma, eu procuro não cobrar meu relacionamento novo, ele não vai ser como o antigo, e nem eu queria que fosse, ele vai ser o que tiver de ser e, ao menos agora, está sendo tudo de lindo para mim, e como está sendo lindo também para ela, então não temos por que temer.

Então cheguei ao fim, e do fim recomeço.

segunda-feira, novembro 03, 2003

O que eu posso dizer, estou começando a semana bem, apesar dos pequenos percalços e do dinheiro que eu tenho no bolso não ser suficiente para nada, apesar de que o desafio na empresa mistura-se com meus desafios pessoais e que sinto que hora mais, hora menos, vou ter que ser capaz de fazer alguma coisa comigo mesmo que possa colocá-la em velocidade de cruzeiro.

Evidentemente, eu estou um pouco inseguro com o que vai rolar com o trabalho que vamos fazer neste mês, afinal, pode ser que todo mundo ache que eu sou um inútil e o grande problema da empresa, posso até dizer que já considero isso uma hipótese plausível, mas não posso mentir em dizer que estou preparado, mas estou me preparando.

Felizmente estou calçado, sem mim ou comigo estamos mais próximos de concluir, nosso empreendimento, em outras palavras, lançar a versão 1 do Vessel, nosso produto projeto, carro chefe da empresa. Isso graças à força que a Milena está dando, é muito bom, é como se uma parte de mim tivesse se desconectado e agora tivesse autonomia, pena que vai ser só por um tempo e estou acreditando que isso vai gerar um bom trabalho. De repente, estou pensando que isso pode ser tornar uma boa solução, delegando responsabilidades eu consigo pensar mais na estratégia e ver os progressos globais acontecendo, mas isso me torna mais "inútil" ainda.

Ah, um cliente segurou, alegou que não temos o TEF ainda homologado, o que realmente seria um problema para eles a partir de janeiro, talvez pudéssemos fazer, talvez, depende, e muito, do sucesso do nosso trabalho agora, neste mês, se for bem sucedido, poderemos assumir grandes desafios, se não, vamos ter que pensar em como resolver os desafios menores. Isso gera menos uma receita potencial, isso complica um pouco nossa vida, talvez muito, temos que analisar, temos que analisar.

Temos que analisar e me falta uma grande figura, the big picture, algo que me permita olhar para as potenciais conseqüências dos fatos que nos afligem, para que possamos pensar nas alternativas que impactam de forma real.No mais eu estou bem, na verdade eu estou bem mesmo com tudo isso, isso já é minha vida há muito tempo, muitos anos mesmo, notei que estou cansado, pudera, vão fazer 11 anos que não tiro férias, com 10 acho que encontrei meu limite, agora é reconstruir dos destroços, os últimos tempos têm sido punk, mas há uma lâmina de luz que se forma à nossa frente.

Para conseguir isso preciso atrair novamente os fiéis, eu sei que pode parecer bizarro, mas ser empresário, ao menos no Brasil, precisa de fé, e fé implica em fiéis, se você não tem fiéis, não tem uma religião, por que o único fundamento de qualquer religião é a fé dos fiéis.

Lógico, uma empresa estabelecida, além de fé, tem resultados, o bingo enche de gente e a coleta de domingo é cheia por natureza, mas se você ainda não está estabelecido, depende da mais profunda fé das pessoas, precisa retirar energia das entranhas para alcançar os objetivos, ooops, objetivos? É, também é a fé que norteia os objetivos, sem fé os objetivos ficam mirrados, e mirrados, não compensam o esforço necessário para se chegar até lá.

domingo, novembro 02, 2003

Contador inaugurado

O www.sitemeter disse que tinha colocado o contador no meu template para mim, que sou preguiçoso mesmo. Vamos ver se funcionou ou se ele colocou em algum lugar feio. Obrigado Sarets.

Ele tinha colocado num lugar tão feio que eu nem conseguia ver, mas a di disse que tava vendo, então deveria ser diferença de navegador, agora está lá em baixo, bem bonitinho. Vamos esperar uma semana para ver o que acontece. Eu preciso de alguma motivação para escrever meu blog. O que vocês acham, eu estava pensando em abrir um que não tivesse compromisso em ser a minha própria vida, mas podendo ter histórias com personagens semelhantes com pessoas da vida real por mera e estrita coincidência.

Espero notícias...

sábado, novembro 01, 2003

Giz da Legião Urbana

E mesmo sem te ver
Acho até que estou indo bem
Só apareço por assim dizer,
Quando convém
Aparecer ou quando quero

Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou

Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte
E p'ra ser honesto,
Só um pouquinho infeliz

Mas tudo bem
Tudo bem, tudo bem...
La vem lá vem lá vem
De novo
Acho que estou gostando de alguém
E é de ti que não me esquecerei
Tudo bem, tudo bem...

Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Tudo bem, tudo bem...
Acho que estou gostando de alguém
Tudo bem, tudo bem...

quinta-feira, outubro 30, 2003

Eita, que o hoje o dia foi até o talo, chega fiquei zonzo

Não sei o que me deu na cabeça de ir falar aquilo que já era sabido e não queria ser ouvido, é sempre traumático, mas uma hora ou outra eu tinha que fazer, ou ia acabar acusado de falso, mentiroso e tudo mais que cabe a alguém que não conta à ex que está de namorada nova, tá, tudo bem, a minha ex me chutou há quase dois anos, eu insisti em ficar com ela até uns quatro meses atrás, quando ela me chutou de novo, ainda acreditei que ela queria voltar umas três ou quatro vezes e vi ela mudar de idéia em menos de uma semana.

Agora ela resolveu que me ama e está arrependidade de tudo, de novo, está mais efetiva agora, mas ela sabia que tinha outra pessoa, primeiro ela sabia que tinha outra pessoa, agora a outra pessoa é minha própria namorada virtual. A última vez que eu tive uma foi quando eu comecei a usar Internet e foi tudo de lindo. Não, eu não quero voltar, mas não por que eu tenha outra pessoa, que paixão não é coisa assim que se controle, é por que nem eu posso acreditar que seja tão de verdade assim essa volta, nem eu acho que vivo só de sexo.

Agora eu tenho uma namorada virtual que já foi minha cunhada, é ex quase mulher do meu melhor amigo e já foi cunhada da minha ex. Que confusão, será que isso pode dar certo? Espero que não machuque, nem eu, nem ela, mas por enquanto está bom, bom, muito mais que bom. Bem, talvez o amigo não me queira mais, eu vou entender, mas ao menos eles não acabaram por minha causa, eu não fui nem a paixão libertadora e nem a grande paixão do after, eu sou apenas o amor, nem paixão eu sou, e estou feliz assim, estou feliz em amar e ser amado e isso ser tão recíprocro, tão livre, tão leve, tão lindo.

Descobri que as mulheres que eu mais amo escrevem bem, isso não é igual às mulheres que eu me apaixono, não, são as mulheres que eu mais amo, a di, lógico, adoro o blog dela, a cellina e as folhas de caderno dobradas três vezes lidas no ônibus de volta para casa de algum lugar e outras, mas essas duas é por que elas duas vieram em conversa de hoje mesmo, então estão na cabeça dois textos perdidos repassados. Também lembrei da Clarisse, gostava tanto de conversar com ela, encontrei com ela esses dias, tinha ido para Recife, está de volta, espero convidá-la para meu chá de casa nova.

É, falando em casa nova, eu estou precisando mesmo, morar na casa dos pais não é para qualquer um, admiro aqueles que conseguem, parece algo inteligente se racionalizado, mas eu não consigo, preciso poder ser eu mesmo com minhas próprias idéias e não com as dos que me querem autêntico com as próprias idéias deles. Não tenho como fazer isso por pelo menos uns quatro motivos diferentes e fortes, mas hora mais, hora menos, vai ter que acontecerm ou vou parar no hospital.

Eu, pauta de jornalismo de fofoca, quem diria...

Imagina, acabo de saber que fui pauta de jornalismo de fofóca, tá, que não teve muito glamour, apenas que uma turma do primeiro semestre de jornalismo da fanor teve como pauta de exercicio do curso de comunicação social a minha separação com a Debra. Isso seria besteira, bobagem, o problema é que teoricamente a oktiva, que é uma startup, estaria quebrada, mas não isso ter sido uma pauta, mas ninguém ter checado com a própria oktiva se isso era verdade.

Sem falar que caixa apertado é bem diferente de quebrado, nosso passivo ainda é menor que nosso ativo, sem contar o valor das nossas marcas e dos nossos produtos, que ainda não estão contabilizados ou monetarizados. Nós estamos com caixa apertado, mas alguém pode me dizer quem é que não está? Só banco está feliz com a economia atual, a maior parte das empresas está sufocada com juros extratosféricos e com o dinheiro, que não está circulando no mercado. E mais, se for assim, imagina se eu for considerar que todas as empresas que nos devem e estão em atraso conosco estão quebradas, vocês nem acreditariam quem são de tão grandes, e estão sem caixa, sem dinheiro para desembolsar mil reais há dois meses.

Primeiro que a Debra não tem acesso ás informações sobre a oktiva, segundo que ela sabe que a empresa foi fundada em 2002, ou seja, ano passado, que é uma empresa de tecnologia de ponta, ou seja, é uma empresa que trabalha com produtos e serviços de alto valor agregado e de alta acumulação. Ela também sabe que a oktiva não tem como foco de atuação o mercado local, mas que durante a fase de desenvolvimento dos produtos, estamos restringindo nossa atuação ao mercado local.

Bem, fico triste que um cara, que está a fim de ficar com a Debra, ache que fazendo isso vai estar ganhando alguma coisa com ela, eu sei que em momento nenhum a Debra iria querer me prejudicar dessa forma, mas ela é inocente, ingênua, isso eu mais acredito que este cara abusou da ingenuidade dela, liguei para ela, ela jura que não falou nada para ele, até por que ela não sabia de nada, que é verdade, eu não gosto de falar sobre negócios nem com meus amigos.

Outra coisa que me intriga, imagina, uma pauta, mas fazia todo sentido que a informação fosse checada, nós estamos aqui, estamos na lista telefônica, quem quiser falar conosco pode falar para tirar à limpo, meu telefone é (85) 3083-2545. Ah, inclusive, estamos contratando:

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Pedimos para que gentilmente divulgue esta oportunidade junto às listas de discussão que reúnam estudantes envolvidos com a área de novas tecnologias, eventualmente poderemos também considerar a contratação de profissionais em programa de trainee ou a formação de uma turma fechada para treinamento e seleção nas tecnologias relacionadas às vagas ofertadas

Estão abertas três novas vagas para empreendedores que gostem de inovação tecnológica e grandes desafios na área de desenvolvimento de softwares e tecnologias novas, A Oktiva é uma empresa nova e inovadora, com a dinâmica do setor de desenvolvimento inspirada nos paradígmas do XP, extreme programming, e está selecionando estagiários para atuarem no desenvolvimento de seus produtos.

Os produtos da Oktiva seguem os paradígmas da empresa, dentre eles o de ter que ser possível ser desenvolvido e implantado somente com soluções Open Source, com isso o ambiente de desenvolvimento e as soluções que implantamos rodam sobre o Debian Gnu/Linux e as ferramentas utilizadas para o desenvolvimento são CVS, Netbeans (Java), Vim ou Xemacs conforme o gosto do candidato, Jboss para o Vessel, que segue as especificações J2EE, e, lógico, é mister que o candidato seja um leitor assíduo das tirinhas do Dilbert e esteja super ansioso com a espera da seqüência da trilogia Matrix. Se o candidato ainda não tem Debian instalado em seu computador, ainda é tempo de correr, sugerimos a instalação da distribuição Sid, instável, que é muito mais divertida que a Woody, estável.

As vagas são destinadas àqueles que estejam dispostos a amar seu local de trabalho, participar da pintura de painéis artísticos nas paredes do laboratório de desenvolvimento e também àqueles que já possuem conhecimento ou experiência em laboratório com programação Orientada a Objetos, com Java, preferencialmente com J2EE e Jboss, que conheçam a tecnologia de Banco de Dados objeto-relacional, preferencialmente o PostgresSQL, que já tenham desenvolvido GUI e WEB, que já tenham ao menos lido sobre XML, Perl, Bash, integração de aplicações corporativas, comércio eletrônico, objetos distribuídos, componentes substituíveis, UML, assinaturas digitais, frame-relay, IP, tecnologia de agentes e model driven architeture, dentre outras coisas coisas que estão na vanguarda da tecnologia globalizada.

É necessário dizer que inglês é fundamental? Especialmente se o candidato quiser participar de alguns de nossos projetos Open Source e quiser se tornar um desenvolvedor oficial Debian.Para melhores informações entre em contato através do email leonardo@oktiva.com.br, mas antes de enviar curriculo, dá um passadinha no site http://www.brainbench.com e faz ao menos alguns testes: EJB 2 Fundamentals, Java 1 e os Problem Solving, daí inclue no email a URL com o seu Public Transcript, que nosso primeiro encontro se tornará bem mais proveitoso.

A bolsa de ajuda de custo deve ser o fator menos importante de interesse, mas será compatível com o mercado e o conhecimento do candidato.

Agradecemos sua atenção,

quarta-feira, outubro 29, 2003

Quando será o último capítulo?

Andei pensando que esse blog poderia ter acabado, de verdade, de verdade, eu consegui primeiro controlar minha paixão não correspondida pela Debra, depois de algum tempo comecei a reconstruir minha vida, hoje tenho um namoro virtual tudo de bom, virtual até certo ponto, ou seria melhor dizendo: até certo dia, ainda sem hora marcada.

Por outro lado minha vida ainda tá londe de estar resolvida, o mais importante está se aquietando aos pouquinhos, nem tá tão resolvido assim, mas está se aquietando, com um colo tudo de bom nos momentos de cansaço e exaustão, mas outras coisas surgiram, eu sabia que iam surgir, hora mais, hora menos, e surgiram agora, só que vieram muito mais forte que eu imaginava, juro que quase me derrubava, também eu ainda não estou fortão, estou numas duas semanas de depressão e angústia, mas não vou escrever sobre isso ainda nesse post, ainda não estou preparado para escrever sobre isso, que vai escarafunchar minha vida lá no fundo, lá no fundo mesmo, vocês nunca mais me olharam do mesmo jeito, mesmo quem já me conhece muito, mas acho que vou precisar convencer o mosca a spamdir :) os negócios das bananas para coisas mais rentáveis e interessantes antes de escrever, ou vou só comprar um pouco da que vem de pernambuco com o que o banco não confiscou da minha restituição do tempo que eu era quase rico, e olha que isso faz tempo, que são mais de dois anos sem salário já.

Então eu sei que estou perto de fechar a gestalt do meu lance com a Debra, olha eu que chique, e pretencioso, estou perto nada, ela está fazendo terapia, eu não, mas eu me sinto tão bem com o meu novo amor me ajudando, tá, eu sei que não funciona, na verdade não sei tanto assim não, finjo que sei, mas que eu pedi explicitamente que ela me ajude a resolver meu problema com minha arrogância isso eu pedi, isso não envolve meu relacionamento com ela, ao menos ainda não, ela gosta de mim mesmo eu sendo assim. Tá que eu acho que ainda não cheguei no patamar do Silas, mas também continuo cheio de IMHO quando vou falar qualquer coisa com ele, que ele se garante, então ele tem mais motivos para ser mais arrogante, eu nunca ganhei prêmio de coisa nenhuma.

Agora vou ter que contar um monte de coisas para vocês para as coisas fazerem sentido, mas não vou conseguir pensar as coisas linearmente, então vão acabar sendo um monte de associações livres, uma espécie de catarse bloggar -- o Aurélio deve ter se mechido no túmulo agora, que eu vou escrevendo um pouco, quem sabe eu me conheço um pouco melhor enquanto tento virar a página da minha vida.

Olha só, falando nisso, eu comecei esse blog para ele virar páginas, e ele está virando, as páginas que estão no histórico estão realmente ficando no histórico, mas eu já percebi que para virar a página mesmo, talvez até trocar de livro, eu vou ter que começar a procurar algumas coisas lá no começo, da minha inapagável lembrança da minha avó me falando que daquele momento em diante eu teria que me preparar, pois meus pais não poderiam mais me dar tanta atenção, uma vez que minha irmã ia nascer, e como em quase todos os momentos parecidos com esse daquele momento até hoje em dia, eu parei, e fiquei pensando sobre aquilo, só, só, totalmente só.

Num ato de violência gratuita

Eu, hoje, num ato impensado de violência gratuíta, magoei meu amor que está a kilometros de distância de mim, sendo protegida em suas noites pelo úlitmo presente que meu melhor amigo deu a ela como namorado, eu, estúpido, fiz o óbvio que não faria com nenhuma outra mulher, mesmo que virtual como está sendo o nosso amor, mas de virtual ele tem que só nos vemos por email, blog e ICQ, mas também que está sempre sendo atualizado, esperando se tornar atual.

Acho que quebrei um par de lentes cor de rosa, peço desculpas por isso, eu e minha mania de querer saber alguma coisa contando outra, falei o que não devia, peço desculpas.

Tem uma outra pessoa que também merece as minhas desculpas e que é tudo de linda, ia mandar um email hoje, mas não sabia quanta raiva ela ainda tinha de mim depois do meu último email estabanado.

Enfim, hoje eu fiz alguém sofrer por minha causa, o site da oi nem funciona, o maldito, para eu mandar um recado urgente pedindo perdão. E meu telefone não liga para celular, e eu não sei o telefone dela. Resta esperar e pedir desculpas quando passar a raiva e ela me dizer oi de novo, ou quando a oi me dizer oi de novo, e sorrir para ela de novo.

Quantos leitores eu tenho?

Eu adoraria saber quantos leitores eu ainda tenho depois de ter deixado meu blog abandonado por três semanas, bem, deixem comentários ou mandem email l@ruoso.com que eu to cheio de coisa para escrever, mas to sem saber como começar. Então pensei que uma pequena pesquisa de satisfação com meu blog seria bem vinda nesse momento.

Minha pergunta básica é: "Será que um dia poderei comprar quatro mil reais em queijos e vinhos para escrever o último posto do meu blog?" com fez o Manoel Carlos para escrever o final de "Mulheres Apaixonadas"?

quinta-feira, outubro 23, 2003

Eu tenho algo a dizer para alguém...

Uma pessoa com quem me sinto totalmente confortável, talvez seguro, uma pessoa em quem acredito poder depositar toda minha confiança, mesmo quando não trocamos uma única palavra prévia, uma pessoa que pode conhecer minhas imperfeições sem fazer uso delas.

Assim eu me sinto com esse alguém, como se pudesse entregar livremente minha alma à ela, sem disfarce. Isso não é uma paixão, mas é um sentimento novo, o sentimento de que quanto mais essa pessoa me conhecer, mais vou estar seguro perto dela e não que mais vulnerável estarei para ela.

Isso é algo que tenho vontade de guardar para sempre, pena que ela vai embora para longe em pouco tempo, eu, provavelmente, ficarei por aqui, esperando sempre pelo email dela, pelo ICQ dela, torcendo para que a Europa em que ela estiver seja tudo de mais maravilhoso. Um dia saio para visitá-la.

Espero que meu ICQ seja sempre o mesmo 20393976 que é hoje, assim não me perde nunca mais.

Meu sorriso estará sempre á tua espera.

Desculpas...

Peço desculpas, por não estar retribuindo à altura o carinho e a atenção que recebo, poderia justificar que é de tão atribulada que minha vida está, mas não, não tento me esconder atrás de mim mesmo, não estou fazendo o que deveria fazer por minha própria responsabilidade, deixando a vida correr sem tomar as rédeas dela, isso está me parecendo sensato hoje em dia.

Alguém já perdeu controle do carro que estava dirigindo? Numa curva? Eu já, não há muito o que fazer, é deixar o carro se arrumar e esperar, normalmente dá tudo certo, acho que é o que eu estou tentando, perdi o controle da minha vida em alguma curva para trás, estou deixando ela pegar contato com o chão novamente, penso que não adianta tentar controlar o incontrolável, uma hora ou outra vai dar para alinhar na saída da curva e pisar fundo novamente.

Alguém tem algo a me dizer?

Um novo capítulo

O que posso dizer é que vou ganhar prêmio de resistência emocional se sobreviver a esses dois anos, estão sendo, decididamente os dois piores anos da minha vida, mesmo com tanta coisa boa que aconteceu, o volume de coisas ruins está tão, tão grande, que mal tenho oportunidade de curtir as coisas boas, pois são logo atropeladas por alguma ruim, ofuscadas pelas mazelas que me afligem.

Muita, muita coisa se tornou clara e a imagem que se formou era bem melhor enquanto estava fora de foco, muita coisa ainda não se tornou clara, ainda está totalmente desfocada e, talvez assim, ainda esteja atrapalhando mais que quando se possa tornar clara.

Muita coisa também se tornou real, muita ajuda apareceu no momento em que era mais necessária, como se fosse aquele acaso que nos protege da insanidade, mesmo que muitas delas não tenham se tornado concretas, tornaram-se reais pelas perspectivas que me trouxeram, abriram minha visão para o mundo que estava à minha frente e que se fazia necessário explorar.

Estou sofrido, ainda que menos confuso.

sexta-feira, outubro 10, 2003

Censurado naquele dia

Receber um email dela dizendo que ficou com lágrimas no olhos ao assistir novamente um filme que assistimos juntos: "Amores Possíveis", assistido a dois no cine do Dragão do Mar, falando da saudade que sente ao viver aquilo que vivemos juntos: filmes, músicas que tocaram naquela época, compras no Extra, traz uma sensação de confusão em mim que nem posso descrever. Já não é que me perturbe emocionalmente como perturbava antes, mas a sensação de não poder compreender o outro, não conseguir entender suas razões, é mais fácil quando se pode perceber a linha de pensamento, ou mesmo de sentimento do seu interlocutor.

Ouvir que ela se faz de durona, mas que apesar de tudo sente muita falta de mim, sente muita saudade, é muito complicado, pois não consigo entender que uma pessoa faça com alguém que ama ou ao menos tem consideração uma parte do que ela fez comigo, vendo o sofrimento de outra pessoa tornando-se cada vez mais intenso durante dois anos.

Estou realmente aprendendo a me desapaixonar, muito já desapareceu, alguma coisa ainda ficou, mas não suficiente para ofuscar a razão, então, por isso, já não se pode chamar de paixão, talvez de carinho, talvez atração, talvez até um amor, um amor de que ainda pensa que deve ajudar, cuidar, proteger de alguma forma.

Então ouvir ou ler que o que ela sentiu por mim, jamais sentiu ou espera sentir por outra pessoa, que ela se transformou enquanto esteve comigo, que reconhecec que me magoôu, que me feriu, que me machucou e me pede perdão, alegando arrependimento sincero por tudo que fez e falou, é algo complicado, algo complicado para simplesmente dizer que acredito, que perdôo e que vamos tocar em frente. De fato, vamos tocar em frente, mais eu preparado para a próxima virada de humor, em que me transformarei novamente no pior dos monstros.

Ela tem um blog agora e aceitou fazer terapia.

Texto liberado em 23/10, não sem as modificações pertinentes ao dia de hoje.

quinta-feira, outubro 09, 2003

Além de pai e filho

É algo que não sei explicar, algo que acontece desde que o Cauê nasceu, uma espécie de conexão muito, muito forte, além de amar uma outra pessoa com qualquer tipo de amor, é algo que faz eu me sentir às vezes até mal com isso, pois é ruim quando alguém sofre simplesmente por que você está sofrendo.

Já outras vezes devo ter comentado, quando por exemplo eu estava fora e acabei descobrindo muitas coisas sobre a Debra e a mãe dela que eu não sabia, mesmo que ela já tivesse me chutado, eu ainda sofri muito, afinal eram coisas de uma época em que nem estávamos separados de forma nenhuma, e, de repente, no auge da minha angústia, minha mãe me ligou dizendo que o Cauê, de repente, não mais que de repente, havia mudado completamente de humor e estava chorando desesperadamente, esse foi um exemplo muito marcante, pois não estávamos próximos, eu havia saído de casa tranquilo, apesar do que estava acontecendo, ele ficou bem, brincando com o nono, a nona e os tios, eu não iria demorar muito.

De ontem para hoje aconteceu mais uma coisa, eu peguei ele ontem, e estava com uma super amiga nos visitando, uma amiga por quem o Cauê tem um carinho todo especial desde o dia que a conheceu, nós nunca ficamos, na verdade nós pouco nos relacionamos nos últimos anos de forma presencial, mas o Cauê adora ela e quando estava no meu colo, por mais de uma vez, puxou ela para perto de nós, segurou na nuca dela e na minha e nos aproximou, ela me deu um beijo, no rosto, eu devolvi, mas ele insistiu diversas vezes, ganhou muitos beijos também, lógico.

Hoje pela manhã, quando fui deixar ele na Debra, que ele não aceita ir para o colo dela ou deixar que eu vá embora, resolvi testar algo, cheguei bem perto dela e coloquei a cabeça dela no meu peito, ele tentou afastar, eu segurei um pouco mais, depois ela afastada, ele segurou a cabeça dela pelo lado e segurou também contra o meu peito, depois a afastou.

Enfim, já aconteu, tempos atrás, da Debra vir sentar no meu colo e o Cauê reclamar e querer tirar ela, no entanto com essa minha amiga, na última vez em que havíamos nos visto, pegou a minha mão e fez com que eu fizesse carinho no rosto dela.

Acontece que minha relação com a Debra tem sido desgastante, ruim para mim, já há muito tempo, e minha relação com meus amigos, depois dela ter me chutado, tornou-se muito forte, com alguns em especial, afinal estiveram comigo nos momentos em que eu mais precisei e com essa minha amiga, com quem eu troco emails ultra gigantes praticamente todos os dias, eu estabeleci um relacionamento que transcende tudo que já vivi com qualquer pessoa, e o Cauê parece sentir isso junto comigo novamente, pela intensidade de carinho que ele demonstra ter por ela quando a vê.

terça-feira, outubro 07, 2003

Tão distante

Ah! Que falta sinto do meu blog, do carinho dos leitores, tenho andado tão distante, não por falta de vontade ou por falta do que contar, mas muito mais pelo aperto da vida nesses últimos dias: o Cauê andou meio doentinho, a tensão aumentou muito no trabalho com a identificação de alguns furos que quer sejam erros, quer sejam deliberados, são furos que não deveriam existir, a Debra resolveu me testar um pouquinho e a liga da justiça continua atrapalhada e estabanada. Tudo isso me deixa sem tempo para lhes contar as novidades que tanto quero contar.

Imagino eu, que uma das coisas mais importantes, é saber como foi o teste, recebi algumas mensagens por email e pessoalmente perguntando sobre os capítulos que se passaram e permaneciam em suspense, mas longe de mim fazer isso deliberadamente com quem tem me acompanhado nesse blog, então o que posso escrever, sobre o resultado do teste, para o Cauê, que ao ver a Debra completou o sorriso que se formara depois que ele se levantou no berço e me de cumprimentou do jeito dele, disse "Baaabo" e sorriu, depois a Debra apareceu e ele se realizou, não deixo de pensar que sempre que isso acontece ele fica com a esperança de poder ter o babo e a mamãe sempre perto dele, todo dia, ele fica diferente, fica um pouco mais agressivo, mais manhoso, mas pode ser um reflexo da insegurança de que esse momento vá acabar muito em breve.

Fomos ao pediatra hoje pela manhã, é muito perto da nossa casa, fomos caminhando, o Cauê no carrinho, realmente são apenas três quadras, mas a Debra foi me xingando até lá pelo absurdo de ter que andar, que ela poderia ter vindo com um salto alto, daí como ia ser. O Cauê parecia adorar o passeio matinal, ainda era próximo de oito horas da manhã. Chegando lá, tudo poderia ter se encaminhado tranquilamente, imagina que teve barraco, mesmo que histérico, pois me recusei a reagir ou rebater qualquer coisa ali no consultório, mas mesmo sem eu tentar me defender ela se preocupou em jogar a pediatra contra mim o tempo todo, não sei por que isso, uma vez que o mais importante seria entender as necessidades do Cauê e atendê-las. Imagina que ela iniciou uma argumentação de que não era mais para eu pegar o Cauê na quarta-feira à noite, de modo que a pediatra a esclareceu que não era ali o local apropriado para que ela tentasse resolver isso.

Sinceramente, não estou gostando nem um pouco dessa pediatra, mas será que tem possibilidade de encontrar um ou uma pediatra que possa mesclar um pouco de medicina e humanismo, ou mesmo que possa atuar de forma preventiva, tentando identificar a verdadeiras causas dos pequenos problemas, antes que se tornem graves e merecedores e ações invasivas, como corticóides, antibióticos e etc.. Enfim, não foi satisfatória, não pude falar mesmo que sucintamente sobre os detalhes sobre o Cauê, mas pelo menos, com o pouco que expus, consegui que a pediatra indicasse incluir batata-doce na alimentação do Cauê, além da eliminação dos alimentos industrializados, coisa que eu peço a séculos, mas não sou atendido.

Fui, então, deixá-los na casa da minha ex-sogra cada vez mais psicótica e o Cauê deu mais uma vez o showzinho de sempre, aquele que era o motivo pelo qual a Debra não queria que ele ficasse comigo na quarta-feira à noite, a alegação era de que como ele passava pouco tempo, seria melhor tirar, pois ele queria mais. Fato é que ele faz o mesmo escândalo nas segundas-feiras, quando eu passei com ele o final de semana todo. Eu não tenho culpa que ele foge daquela casa, que não quer entrar lá, ou que quer ficar próximo do babo dele.

Por fim, que pode ser que seja a única razão que o fez ler tudo que escrevi acima: "se eu passei no teste". O que posso dizer, tentando avaliar o próprio domingo, a segunda e até hoje, é que passei sim, ela continua atraente, está já voltando bem ao normal de corpo, não posso negar que ainda existe atração, talvez algum carinho, mas sinto que estou mais livre, talvez pronto para tratá-la como a mãe do meu filho, talvez alguém que poderá se tornar uma amiga num futuro não tão distante. Mesmo com ela dizendo que estava confusa, que não estava feliz, que se pudesse voltaria no tempo e faria tudo diferente, mas ela fez na segunda o mesmo que fez todo o período em que passamos juntos, tudo que ela sempre fez, reclamou de tudo, criou confusão com tudo, eu não acredito que aceitasse um retorno, qualquer que fosse, mesmo que em algum tempo no futuro. Deu para amadurecer bem o que eu e ela poderíamos construir juntos e ficou claro que não seria muita coisa ou que não seria suficiente para me realizar...

Posso desconfiar o que acontece a ela, pois ela realmente é insegura como mãe, como mulher, ela optou por não amadurecer, por não se resolver, então ela tem que se defender, tem que se defender por que certamente ela percebe aquilo que outras pessoas percebem e comentam sobre minha relação com ela e com o cauê e sobre a relação dela comigo e com o Cauê. Ao menos hoje ela pediu desculpas pelo que fez na segunda, é um começo, reconhecer o que fez com si mesma e comigo, talvez com o Cauê.

domingo, outubro 05, 2003

Dia de teste

Hoje é dia de teste, não estivesse minha vida já tão atribulada, ainda terei que passar por mais um teste hoje, a debra alegou que não conseguiria vir para a consulta amanhã pela manhã, vem hoje, vai dormir aqui, podem pensar que eu sou um grosso em não querer recebê-la, mas, acreditem, tenho motivos para querer um tempo maior para retomar a cordialidade com ela, ao menos essa tão íntima, sem falar no que mais me incomoda, que é a mudança de rotina do Cauê, logo ele que demonstra frequentemente que queria a Debra viesse no lugar dele ficar sempre que vou deixá-lo na casa dela, ele sempre a convida, nunca quer entrar com ela, sempre espera que ela venha conosco e não que ele tenha que me deixar por um longo tempo...

sexta-feira, outubro 03, 2003

Um porto seguro é tudo de importante

Tem épocas na vida da gente que as coisas dão muito certo, nessas épocas você fica otimista, não só com relação a dinheiro, a sucesso, a reconhecimento, mas também em relação às pessoas. Então você com tanto otimismo comete mais erros, e erros com relação a pessoas também, e então vem a crise, quando tudo da errado com relação a tudo aquilo que foi bom antes e você tem as pessoas, as pessoas erradas, não por serem necessariamente erradas intrinsecamente, mas por estarem no lugar errado, desempenhando papéis errados e, ao mesmo tempo, como está tudo em baixa e tudo nasceu num momento de euforia sua, você se torna uma ameaça, não sem antes ter atestado ao máximo sua capacidade para errar.

Você fica lá firme aguentando dia após dia o que está acontecendo, fazendo das tripas coração para se sustentar minimamente são, mas confesso que não daria, confesso que não daria para aguentar tudo que já passou, o que está passando e o que ainda vai passar não tivesse alguém para velar por meu sono, para encostar minha cabeça e falar e ouvir sem medo, sem que tenha que me preocupar com as entrelinhas, sem isso não estaria, melhor, não seria mais nada.

segunda-feira, setembro 29, 2003

Acabou

Posso estar enganado, mas sinto que estou quase seguro, não que se for viver algo como sexo e amizade, tudo não possa voltar, e, por isso mesmo, não vou viver isso com ela. Percebi que hoje o tesão diminuiu muito, muito mesmo, que a vontade de voltar praticamente não mais existe, que eu já consigo pensar e sentir, o que é muito mais importante, que eu havia escolhido a pessoa errada, talvez ela também, e, já que ela me chutou antes que pudessemos arrumar nossa vida juntos, por que insistir? Daquele relacionamento, quero o amor, o amor incondicional e infinito que tenho pelo nosso filho.

E eu, gostava tanto de você, gostava tanto de você... gostava

Não sei por que você se foi
Tantas saudades eu senti
E de tristeza vou vivendo
Aquele adeus não pude dar
Você passou na minha vida
Viveu morreu na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate

E eu, gostava tanto de você, gostava tanto de você

Eu corro e fujo desta sombra
Em sonhos vejo meu passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você

E eu, gostava tanto de você, gostava tanto de você

sábado, setembro 27, 2003

O que eu faço?

Tenho que explicar, em primeiro lugar, por que demorei tanto para escrever de novo no blog, são pelo menos dois motivos: tanto a tensão no trabalho foi uma constante, o que me faria colocar posts relacionados ao trabalho, que não parecem ser do interesse da maioria dos leitores e, para ser sincero, nem do meu, como a surpresa que me pegou esta semana que hoje acaba.

A surpresa é que minha ex-amorrzinho, do nada, disse que tinha que falar comigo na quarta-feira quando peguei o Cauê na casa dela e me ligou à noite, a notícia que ela tinha que me dar é que estava sentindo muito a minha falta, que não estava mais "falando" com o namorado dela "por esses dias" e queria me "ver", recomendei que fizesse terapia, mas acho que não estou preparado para qualquer tipo de relação além do estritamente necessário entre nós.

Verdade que estou cada vez mais seguro em relação ao fato de que havia me apaixonado pela pessoa errada, mas isso não é totalmente verdade, o erro, no quesito sexo, confesso aqui e agora que ainda me sinto, que em nenhum momento deixei de me sentir atraído por ela, ela não é fantástica, nem de corpo, nem de rosto, acredito que seja algo biológico, mesmo, ou químico, essa atração é muito forte.

A atração é tão forte, que mesmo com as piores coisas que ela fez comigo enquanto estávamos juntos, o sexo entre nós não se abalou, sim, diminuiu um bucado no final da gravidez e nos primeiros meses de vida do Cauê, mas de resto, sempre foi fantástico até na última vez em que fizemos, e já estávamos separados quando isso aconteceu.

Essa dualidade é cruel, pois sei que meu sentimento não vai querer ficar em desvantagem em relação à minha libido satisfeita, vai querer se satisfazer também e isso tem tudo para acabar mal para ambos. Então estou nesses dias, pensando em como me sair melhor dessa.

segunda-feira, setembro 22, 2003

Um comentário que virou um post

Tinha um lance, que minha ex-amorrzinho ficava me policiando, que ela dizia que eu fazia tudo para as outras pessoas, que as pessoas se escoravam em mim, que eu era bobo. Fico pensando, áh se ela soubesse como é bom ser bobo, como é bom fazer algo para alguém sem ter que cobrar nada em troca e como é bom ter alguém que te faz bem sem ter que dar nada em troca e, então, por conta disso, o que acontece é que o mundo fica muito, muito mais feilz para mim.

Acho que com essa coincidência, enquanto escrevia isso num comentário do post anterior, vou ao blog do Cauê e encontro esse post da minha ex-amorrzinho, que me parte o coração:

"Vê se não poetiza muito a tua narração, por que se não de nada vai adiantar eu vir aqui ler o que houve com ele! Quero que me conte melhor como foi esse tombo... E por favor não deixe os outros puxarem os cabelos dele."
# posted by Debra : 9/22/2003 04:57:22 PM

E isso é tudo, nada mais, nem um post a mais, nada. Como ela pode me pedir para escrever sobre o domingo do meu filho sem poesia, se tudo que vejo nele é poesia, a poesia que me faz sorrir ainda agora pela lembraça que ficou de nossos últimos momentos hoje, a poesia do meu filho lindo, tão carinhoso, tão meigo, tão doce. Como eu posso falar friamente de quem me dá energia para viver e, principalmente, para sorrir.

Não pediria isso á minha ex-amorrzinho, que seria um debate estéril, mas gostaria tanto que ela pudesse ver mais poesia em nosso filho, um pouco da poesia que invade minha alma sempre que o vejo, especialmente quando ele acorda, ah, quando ele acorda, chama por mim: "babo", sorri quando eu chego: "babo", é um sorriso que me emociana agora, enquanto lembro de hoje pela manhã, não há nada melhor que o sorriso dele ao acordar, eu só poderia aproximar, guardando as devidas proporções, que o sorriso dele pela manhã toma minha alma como uma dose de frangélico tomaria minha boca, só que é algo que dura mais que um dia inteiro, é algo que mantém meu coração batendo até a próxima vez em que vou vê-lo.

domingo, setembro 21, 2003

Um pouco de confusão

Bem, notei um pouco de confusão de algumas pessoas em torno de algumas coisas nos meus posts, bem, não posso explicar tudo bem detalhadinho, mas o que posso dizer é que podem ficar tranquilos que não deve acontecer nada de ruim, ao menos nada de tão ruim que seja pior do que o que já aconteceu este ano, então não precisa de muita preocupação não. Beijo.

Futuros Amantes do Chico a pedidos

Não se afobe, não, que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestigios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

sábado, setembro 20, 2003

220V

Amigos, a partir da próxima semana deve estar rolando um período de turbulência meio braba, umas paradas sinistras aconteceram e na hora de apurar o caldo engrossou, espero que os supernerds sejam capazes de sair um pouco da matrix e possam ser menos ingênuos com aquilo que as pessoas vão querer tirar da boca deles, mas alguns eu tenho pouca esperança de que possam controlar a si mesmos.

Vão ser 220V na fronte, tenho que cuidar para não derreter, acho que vou trabalhar de havaianas, que é mais seguro, ao menos é de borracha, isola, eu não queria, mas não dá mais para empurrar, odeio ter que encostar pessoas na parede, mas tem um monte de gente na história que depende de que isso seja feito para tocar a vida em frente.

Princesa

Nunca agradeci um momento muito especial que uma pessoa me proporcinou tempos atrás, eu estava segurando uma barra só para mim e sem que eu contasse qualquer coisa, encheu minha vida de doçura em nosso momento só nosso. Por coincidência, voltando aos marcos de recomeço, digo que não rolou porquê não poderia rolar, não tinha como, mas que o meu superego teve que ficar atento para segurar meu id completamente envolvido por você, isso teve, mas, felizmente ou não, conseguiu.

Estava ali me drogando com uma mistura de boldo do chile, cáscara sagrada e ruibardo quando...

Pensava eu, será que você tem chance de recomeçar sua vida?

Eu me dei conta deque estou vivendo aproximadamente isso, tá difícil contar, tá difícil ligar a uma dessas coisas que servem de referência na nossa vida, só sei que nem tinha entrado na faculdade ainda, trabalhava no O Povo, eu acho, logo no começo, teve um lual lá na Marisol, talvez por volta de 98, então são cerca de cinco anos para trás, mas tem que ser mais, se só eu e a minha ex-amorrzinho ficamos juntos ou algo parecido com isso uns quatro anos, com mais dois da Maria Bonita são seis, então tem que ser 96 ou 97. Bem, o fato é que estou eu, aqui parado, escrevendo no meu blog, vivendo algo muito parecido com o que vivi meia dúzia de anos atrás, muito melhor agora, mas não deixa de ser uma reedição, uma volta às origens, como algo simbólico que eu queria para demarcar meu recomeço.
"Não se afobe não, que nada é pra já, o amor não te pressa, ele pode esperar em silêncio" Chico

quinta-feira, setembro 18, 2003

Pôr do Sol

Tudo que um pôr do Sol pode revelar, pois sendo algo tão distante, o movimento entre a Terra e o Sol, é algo que nos aproxima tanto de nós mesmos, um pouco como o mar, que em sua imensidão, nos coloca tão diante de nossa minúscula insignificância.

O pôr do Sol de hoje revelou algo, ou talvez apenas descortinou algo que já era conhecido, talvez algo que surgiu hoje, talvez algo que já existe há muito, muito tempo.

Com tudo de bom que pode existir, o amor que existe entre duas ou quantas pessoas forem, um amor sincero, dedicado, atencioso, carinhoso, atento e tantas coisas mais de bom que nos mantem unidos, como seres humanos especiais, que têm a quem amar, que tem quem os ame.

Nessas horas, a paixão que tanto nos consome perde um pouco da importância e a ternura do amor seguro, pé no chão, nos traz a felicidadede simples do dia a dia.

quarta-feira, setembro 17, 2003

Terezinha de Jesus...

Terezinha de Jesus
foi a queda, foi ao chão
e a lagrima não contida
revelou meu coração

Enquanto canto para o Cauê vem a lembrança de quando fui pegá-lo, cheguei, minha ex-amorrzinho tenta me convencer de que não devia levá-lo por conta da gripe dele, não entendo por que, uma vez que mesmo quando estávamos juntos e depois de separados, sempre quem acaba cuidando dele sou eu, não mais agora por não poder estar com ele, mas enquanto ela faz isso no portão meu filho querido se desvencílha da minha ex-sogra ainda psicótica e corre para a porta, gritando por mim, querendo sair, ainda tentam segurá-lo, mas ele esperneia, chora, grita por mim, minha ex-amorrzinho vai pegá-lo, ele tem pressa de sair, mas fica feliz em me ver de mais perto, ainda demora, ainda vão vestir roupa nele, que por alguma razão ele sempre está sem roupa, mas finalmente ele consegue aterrisar em meu colo, olha para minha ex-amorrzinho, fala "mamãe" e ascena dizendo tchau, ela continua conversando comigo, ele se estica até o rosto dela, faz um carinho no rosto, bota carinhosamente a mão na boca dela, ela para de falar, ele olha para mim, aponta para o carro e faz "brum, brum, brum" e insiste enquanto tento entender o que ela queria combinar, mas não tem jeito, o Cauê já não podia esperar para voltar para casa tamanha era a saudade, agora, aqui cantando para ele, ele que ajudou a arrumar o berço, colocando o travesseiro dele, o travesseiro do Pepê, o Pepê, a Jojó e ele próprio pedindo para entrar no berço, pedindo para cantar para ele dormir.

Essa lágrima traduziu minha emoção de ver tudo que meu filho é capaz, o tanto que ele me ama, o tanto que eu o amo, outro dia também, ele viu minha calça sobre a minha cama, em pé, de frente para a cama, segurou as duas pernas da calça juntas, vinco com vinco, uma mão de cada lado, deitou, sorriu e falou "Babo" com toda ternura que ele poderia juntar numa só cena, num só gesto.

Essa lágrima também senti por não ter minha ex-amorrzinho junto de nós para compartilhar esses momentos, mas também por que não tinha quem amo, quem o cauê ama, quem possa viver um amor desses com entrega, com sinceridade, com ternura, que eu já não sei se um dia minha ex-amorrzinho seria capaz de compartilhar um momento como esse. Não tento esconder que quanto mais me afasto dela, mais eu e o Cauê ficamos próximos, nos entendemos, demonstramos um ao outro que podemos vencer sozinhos, esperando por quem me ame de verdade, que possa compartilhar do nosso amor, do nosso carinho, da nossa ternura.

terça-feira, setembro 16, 2003

Um dia eu vou acordar e tudo vai ser diferente

Por que não falar um pouco sobre minha carreira para meu amado leitor, que pouco sabe de mim, ao mesmo tempo em que sabe tantas coisas?

Minha carreira não é tão convencional, depois de um período proveitoso de estágio no Serpro, onde acabei direcionado para o universo da Internet o que, ao mesmo tempo, me distanciou da Comunicação Social, mas me colocou na crista da onda que trazia uma nova sociedade, comecei como analista de sistemas responsável pelo desenvolvimento da Internet no Grupo Edson Queiroz, num curto espaço de tempo coloquei no ar o novo sistema de publicação do jornal na Internet e que me abriu as portas para a posição de Gerente de Operação e Suporte no O Povo, uma experiência em tanto apesar do susto inicial com as diferenças, afinal vinha de duas mega corporações, o projeto que preparamos logo que entrei foi executado dois anos depois que eu já tinha saído da empresa, ao menos foi executado.

Já estava fazendo Comunicação Social, com o objetivo de escrever na minha vida, não vou esconder que resolvi mudar de carreira por perceber que as pessoas que faziam Comunicação Social na época tinham muito mais a ver comigo que as pessoas de informática ou telecomunicações, ainda é assim, mas meu legado nessa área é tão intenso que continuo envolvido, mesmo que sem exercer atividade diretamente relacionada a computadores ou dispositivos eletrônicos, quando fui chamado para o projeto ebr, depois batizado de Velop, uma odisséia para a construção de um mega sistema de email, com a possibilidade de suportar milhões de usuários na Inova Tecnologias, hoje totalmente focada em grandes, ou gigantes, contas e não mais no email.com.br.

Terminado o produto Velop 2, que atendia às necessidades do público corporativo, a Inova estava em piloto automático, não restava muito para eu fazer lá, como não poderia ter uma vida sossegada e confortável passeando pelo parque Ibirapuera aos domingos, comecei a Oktiva, convidei meus sócios, a maioria ainda comigo. A Oktiva é a continuação de uma saga, pois não começa da estaca zero, tanto que com menos de dois anos, já tem seu modelo de negócios definido, já sabe o que precisa fazer para trilhar o sucesso, quer dizer, nem todos sabem, mas muito em breve, muito em breve mesmo, já teremos o caminho das pedras bem definido.

Por isso, qualquer dia desses, posso acordar e ter tudo diferente na minha vida, faz parte de se investir em start-ups, as coisas mudam rápido, nem todo mundo acompanha isso, nem todo mundo nasceu para viver uma start-up, eu não nasci para ter meu emprego e ganhar meu salário certinho, nasci para a aventura de construir, de transformar e a Oktiva é a oportunidade de transformar ensaiada na Inova, com muito mais risco por conta disso.

Com o tempo aprendemos a conviver com o risco, começamos a dialogar com ele, convencê-lo a não dar errado. Muitas vezes funciona, algumas vezes não. Então é esperar que uma das cestas dê logo seu resultado, assim chocamos todos os ovos mais depressa.

Serpro -> Grupo Edson Queiroz -> O Povo -> Inova Tecnologias -> email.com.br -> Oktiva

segunda-feira, setembro 15, 2003

Meu cachimbo e um Half'n'half pela metade

Como minha vida meio a meio, que ficou pela metade, não teve tempo de terminar, nem de amadurecer, não teve tempo de queimar até o fim, mas não tenho vontade de acender meu cachimbo de novo ainda, deposito nele a culpa pela minha paixão, que se manteve acesa todo esse tempo em que vivi sob o mesmo teto que minha paixão, que manteve a paixão acesa enquanto tudo pedia que fosse sufocada pelo dia a dia de um lar que não tinha a liberdade de se formar.

Cachimbo que tantas vezes ajudou a secar lágrimas antes que surgissem à pele, que tantas vezes me ajudou a olhar para o infinito e resgatar minhas utopias quando tudo parecia conspirar contra a felicidade. Talvez por isso o deixe agora de lado, sinto-me traído por suas promessas de que dias melhores viriam, que era apenas suportar um pouco mais as dificuldades e algo, hora mais, hora menos, brotaria do coração da minha ex-amorrzinho. Não brotou, quando ia brotando, arrancaram o frágil broto que surgia.

Por fim, fiquei só, qualquer dia acendo você de novo, mas ainda não estou curioso sobre o que tem a me dizer, confesso que prefiro esperar um novo momento, uma nova chance de ser feliz, uma nova chance de apostar em uma nova metade, que seja meio a meio. Apesar de tudo, não deixei de ter essa utopia, de acreditar, de desejar.

Como ser cobrado por aquilo que me destrói

Minha ex-amorrzinho pegou pesado no blog do Cauê hoje (http://caueruoso.blogspot.com), como se pudesse algo ser mais injusto que eu e meu filho, que desde o primeiro dia temos uma relação que transcende à relação entre pai e filho. Digo isso por que não se trata apenas de eu ser pai dele e ele ser meu filho, trata-se de todas as afinidades e da aproximação que temos, do carinho que ele demonstra por mim e pelas pessoas que eu gosto e ela sabe disso, sempre soube.

Foi até isso uma das coisas que minha ex-sogra ainda psicótica usou para empurrar minha ex-amorrzinho para a separação, que sendo o Cauê criado comigo, do meu jeito, minha ex-amorrzinho ia ser desprezada pelo Cauê, alegou que minha mãe era infeliz por conta da forma como nós, seus filhos, nos relacionávamos com ela. Minha ex-amorrzinho esqueceu de perguntar para ela como se sentia e, se tinha chance da relação dela com o Cauê ter problemas, agora talvez ainda tenha mais motivos, pois o Cauê manifesta o desejo de começar e terminar o dia ao meu lado.

Um dia eu tive que sair, estava sendo duramente ameaçado pela minha ex-amorrzinho e pela família dela de que eles iriam entrar na justiça para me tirar o pouco tempo que eu passo com o Cauê e exigir que ela ficasse junto durante este tempo. Tive que levantar alguns elementos que sustentassem minha defesa, não preciso nem contar como fiquei com as coisas que juntei, juntei muito mais coisa que eu queria ter visto de uma vez, não precisou de muito tempo para que minha mãe me ligasse dizendo que o Cauê tinha acordado, que estava chorando muito sentido, talvez tanto quanto eu estava, mas ninguém sabia, só ele.

Outra vez foi quando ele conheceu uma amiga por quem tenho muito, muito carinho e que está sendo uma pessoa tudo de bom para mim, ele nunca faz como ele fez com ela, ele ficou super á vontade, saiu do meu colo para o colo dela. À noite, quando estávamos procurando a lua que ele tanto tentava nos mostrar, ele fez carinho nela, mas melhor do que isso, pegou a minha mão e fez com que eu fizesse carinho no rosto dela. Foi uma dessas cenas de emocionar, que espero nunca esquecer, toda a ternura daquele dia.

Sem falar que era no meu colo que ele se sentia seguro para dormir nas primeiras semanas, era comigo que ele se sentia seguro para comer nas primeiras vezes, é a minha mão que ele pede para atravessar a rua hoje. É por mim que ele chora quando eu deixo ele na casa da minha ex-sogra ainda psicótica ou quando vê que minha ex-amorrzinho não vai mesmo voltar para sempre comigo, para que nós possamos ficar próximos novamente.

É tão lindo que ele aponta para mim e diz: "Babo!" para todo mundo que ele conhece. É tão lindo ele abraçando a Lara, uma amiguinha dele que é nossa vizinha e dando um beijo na cabeça dela como eu faço com ele.

Ele é tudo de bom.

domingo, setembro 14, 2003

Beleza Americana

Um filme que marcou minha vida, não sei nem se ele merecia, acho que merecia, mas estava com os sentimentos ardendo sob a pele, foi num carnaval que eu deixei de ir para Guará com uma amiga maravilhosa, a Caiê, pois minha ex-amorrzinho tinha pedido para que eu ficasse com ela, já que todos da casa dela iriam viajar, que tolice a minha, ou melhor, que paixão a minha, ela me convidou para ir lá sábado à tarde, acabara de me ligar convidando, ela me chamou, ela me chamou, eu fui, eu e uma garrafa de porto guardada de algum tempo, mas quando cheguei lá, fui barrado no portão, tinha outro lá, eu fui para a casa de um amigo e acabei no cinema com ele e com a namorada dele, estava passando Beleza Americana, a música dos Beatles, que ainda hoje me emociona, fez com que depois de deixar meus amigos em casa, voltasse lá, tomasse toda a garrafa de porto e desejasse virar artista, escultor, desses que trabalham com metais, vidro e borracha, mas meus pés no chão me impediram de realizar esse feito, voltei para casa, dormi.

Um mês depois estava namorando uma antiga amiga do tempo do Braveza, não era ainda um namoro, mas foi só a Debra descobrir, que descobriu que gostava de mim, que terminei com a Soraya, que comecei com a minha ex-amorrzinho. Se prestarmos atenção, tudo que aconteceu era tão óbvio, uma hora ela tinha que pular fora do sonho que construí para nós, o sonho não era dela, o sonho era meu, ela sonhou comigo, até que enjôou, nada mais normal quando se enjôa de um filme que desligar a TV ou sair do cinema. Foi o que ela fez, me desligou da vida dela, quase me desligou de verdade.

Hoje, lá em baixo, um saco plástico, desses que deveriam ser banidos da sociedade, estava ao vento, carregado por toda aquela poesia potencial do vento, que não captamos pela nossa incapaciadade de enxergar o ar, mas vendo que havia algo no ar, algo que traduzia o vento, deixei me perder por seu caminho, o pensamento e a emoção voando sem rumo vão bater no fundo do coração e, como não poderia deixar de ser, no fundo do meu coração mora meu ex-amorrzinho ainda.

Só que eu não consigo falar sobre os bons momentos que passamos juntos depois que voltei de sampa, a última coisa realmente boa que fizemos juntos foi a viagem dela a sampa, para me encontrar lá, assistimos tanta coisa boa, teatro, cinema, até uma boite de swing conhecemos. O pior, aquela coisa óbvia, ela tinha que confiar mais na mãe dela do que em mim em como cuidar do filho, mesmo que, racionalmente, a mãe e o pai dela eram um fiasco como pais, mas tem aquela coisa da referência, da dôra, doralina e senhôra no fim.

Abraços aos amigos, selinho nas meninas

Fico feliz com as pessoas que andam lendo meu blog, que me enviam mensagens de carinho, públicas ou não. Estou com saudades da faculdade, mas as coisas tão meio pesadas por enquanto, perdão por não ter editado o vídeo ainda, prometo que vou fazer em breve, é um débito meu e reconheço a dívida, diferente do meu enfrentamento com a Credicard, que eu não reconheço, mas eles insistem em me cobrar.

Deixo uma mensagem para todo mundo, especialmente para aqueles que julgam me entender melhor agora, como a Karla, afinal, sempre é melhor ser um compreendido que um incompreendido, talvez minha vocação seja mesmo escrever blog, devia aperfeiçoar, já que meu teste vocacional diz que eu tenho que ser escritor ou psicólogo. Pena que ele não fala nada sobre abrir empresas de tecnologia de vanguarda numa cidade cujos clientes potenciais se resumem a 300. To com medo de ter que voltar a dar uns pulinhos em Sampa e agora, pela minha vida pessoal, não era uma boa hora a não ser que me mudasse para lá de mala e cuia, mas a coisa ainda não tem segurança para isso, um escritório em sampa não é tão barato quanto aqui e a galera das trevas ainda tem algumas coisas para fazer para que eu possa impressionar de verdade os executivos da cidade grande.

Recomeçar minha vida

Estou começando a esfriar as coisas, ainda tem muitas coisas que ficaram do passado, mas acho que já dá para ir pensando em recomeçar, ainda não dá para pensar em um novo relacionamento, mas dá para ir pensando em juntar os cacos, as coisas com o Cauê estão melhorando, ele está recuperando o desenvolvimento dele, o que acabou sendo uma vantagem da separação no final das contas. Eu tenho minha faculdade para ir, a Oktiva para botar quente e sair do outro lado até o final do ano. Quem sabe, mais tarde um pouquinho, não dá para arranjar um amor, mesmo que não seja tão grande por enquanto?

Domingo feliz de novo

Ainda não acabou, mas é interessante como nada melhor para o domingo ficar bem que ajeitar o sono no sábado. Feliz como o Cauê se recupera no sábado e pode curtir maravilhosamente o domingo, acho que por isso que ele gosta tanto. Ele acorda cedo, quer logo sair, descer o elevador, brincar com a turma dele.

Só eu notei uma coisa, que tenho que me policiar mais, percebi que sempre que ele chama pela mamãe eu estou pensando na Debra, então tenho que parar de pensar nela, que ele parece perceber que eu estou sentindo falta e sente falta junto, solidariamente. Ao menos isso já acontece só uma vez ou outra, uma vez ou duas por semana agora. Também ainda bem que ele não chora, nem chama muito, meio que pergunta por ela, como quem quer saber por que ela não pode sempre ficar com o babo, assim ele também não tinha que ir embora, mas a vida é assim mesmo, feliz que está tudo se arrumando e que o Cauê está se desenvolvendo muito melhor agora que antes.

Aliás, quem quiser acompanhar o Cauê, é só seguir o blog dele: http://caueruoso.blogspot.com

terça-feira, setembro 09, 2003

Sinto falta de você

Desde que você está ocupada com outras coisas, sinto falta de você, mas sei que a vida tem que existir além de nós, na verdade a minha também, e não dá para passar o resto de nossas vidas conversando, mas que eu sinto falta de você em cada minuto que passo sem você, isso eu sinto. Quer dizer, mais nos momentos de ociosidade, que nos momentos de muito trabalho e concentração quando pensar é um luxo, mas o que sobra dos dias para mim são mesmo os momentos de ociosidade, então em tudo que sobra do dia para meu próprio proveito, sinto falta de você.

segunda-feira, setembro 08, 2003

Algo de bom

Como não poderia deixar de ser, seria muito difícil para um pai passar o Natal e o Ano Novo longe de seu filho bebê, assim também seria para a mãe, então, por acaso de destino, nos próximos anos, o natal e o ano novo sempre caem em dias em que eu estarei com o Cauê à noite. Lógico que vou querer a mãe dele por perto, sem dúvidas, mas meu medo era que eu não pudesse estar por perto se fosse no dia dela. :)

domingo, setembro 07, 2003

Domingo

Domingo nem é tão ruim, ao menos não mais, não tenho do que reclamar, é um dos melhores dias da minha semana, uma vez que é um dos dois dias em que fico com o Cauê na semana, o que é pouco para mim. Então se você sai no sábado depois que seu filho dorme, vai à formatura de um de seus melhores amigos, chega em casa às 4h da matina, acorda às 6h, faz mamadeira, por preguiça fiz com as paradinhas instantâneas, ele relutou em tomar, mas acabou tomando quando viu que eu estava meio cansado, brinca na quadra com seu filho e todos os seus amiguinhos e amiguinhas, que sempre reclamam sua falta durante toda a semana, sobe para tomar um suco, um banho, tirar uma sonequinha enquanto ele também tira a dele, curtinha. Você almoça com seu filho, que aprovou o risoto da nona dele, lava algumas louças enquanto ele brinca, desce mais um pouco, dessa vez a turma que está brincando é maiorzinha, então só nos resta escalar o alambrado da quadra para entender o que são esses sapatos com rodinhas em baixo, vamos passear no Dragão do Mar, muitas brincadeiras lá, ficamos todos com fome e cansados, voltamos para casa, parada para abastecer, o Cauê me confidencia que o Mucilon de Arroz é sua mamadeira preferida na casa da mãe dele, minha ex-amorrzinho, chegando em casa, fazer janta, sempre em dobro, que assim sobra um pouco para mim e eu mantenho o controle de qualidade do que ele come, ao menos em termos de sabor, brinca mais um pouquinho, toma banho, brinca mais um pouquinho, 8h dormindo como um anjo e eu aqui fazendo esse post, apenas para discordar do Leminski, uma vez que meus problemas me visitam muito mais durante a semana que no final de semana, no final de semana somos juntos, somos fortes, eu e o Cauê.

Estou com saudades

Saudades de você, tudo está muito mais difícil sem você, sei que não é culpa tua, também não é minha, mas teu colo, teu afeto, foi tudo de importante na minha vida. Estou com saudades e isso não tem nada de doentio como minha ainda paixão, isso é muito mais simples: só estou com saudades, amanhã vou à praia, hoje fui à formatura do Carlos, depois seria legal tomar um café com pão de queijo recheado com requeijão.

Às vezes tenho vontade de recomeçar tudo, estabelecer algo simbólico para recomeçar minha vida, mas não dá, tem muito a caminhar ainda para que possa colher o que eu plantei nos últimos anos e também, depois de uma certa idade, as responsabilidades te amarram mais que antes. Então é caminhar, com saudades de quem me quer bem, com desesperada paixão de quem não me quer, de quem não me ama, de quem, ao final das contas, nunca me amou. Ao menos se todo mundo que me quer bem estivesse por perto, seria mais fácil de passar os dias, não que os que estão não ajudem, claro que ajudam, mas sabe quando você está precisando de toda a energia boa que puder ter perto de você?

Agora, melhor eu ficar, com as pessoas que me amam de verdade, mesmo que não seja um amor que queime, mas que seja um amor que acalenta, que seja para toda vida. Como viver uma paixão incandesente queimando até a bia sem queimar os dedos?. Tudo isso não é uma cobrança explícita, é só um manifestar da sua importância, então acaba sendo uma cobrança de qualquer jeito, mas aprumar a fragata e segurar firme o leme é o melhor que todos fazemos para ultrapassarmos essa tempestade que varre nossas vidas, e torcer para que, sobreviventes de hoje, possamos encontrar um amanhã de calmaria e bonança.

What suprises me...

Hoje eu penso que não teria como voltar com minha ex-amorrzinho, seria difícil superar tudo que ele faz, tudo que ela fez, o que aconteceu, pena que meu pensar ainda não conseguiu contagiar o meu sentir, não que eu não seja ainda perdidamente apaixonado por ela, seria inútil negar isso para qualquer leitor desse blog, e isso não deixa de ser uma das maiores provas da minha estupidez.

Sim, sou estupido, mas o problema é que retomar uma relação, depois de tudo que está rolando, não só comigo, mas de como ela está tocando a vida de recém-separada, é complicado, algumas coisas superam minha capacidade de digerir, talvez por caretice minha, mas eu não sou tão careta assim e a prova maior é que namorei e apostei minha vida nela.

O problema é que, apesar de saber que não estaria bem com ela pelo que ela fez quando estivemos juntos e pelo que esta fazendo agora e apesar de saber que não estou bem sem ela, não sei se resistiria caso, um pouco mais na frente, ela viesse a querer voltar atrás. Tipo assim, a paixão é um negócio complicado, você perde o amor próprio, perde a noção do razoável e eu estou certo de que não tenho essa exata noção, que eu precisaria de mais tempo amadurecendo minha separação para garantir que negaria uma recaída.

É complicado essa coisa de ter a noção da sua estupidez, e como não é a primeira vez, sei que posso cair que nem um pato de novo, talvez eu tenha sorte de ser tão cedo nossa separação, talvez eu tenha sorte dela ter outro, assim ela não mais vai me procurar para sexo, acho. Que para mim, sexo nunca é só sexo, ao menos com ela, apesar do meu esforço para que assim seja tantas vezes.

É complicado saber que eu ainda amo que não mereceria nada de mim, é complicado saber que ainda sou apaixonado, e a única pessoa que ainda sou apaixonado é aquela que me fez as maiores traições da minha vida.

É, no final de tudo, eu sei que preciso de ajuda profissional, já sei, tenho que ir atrás, já tenho nome, telefone e endereço, preciso tomar uma iniciativa, espero que ao saber que ela faz o que faz, após algum tempo de terapia, eu possa rir de tudo isso, hoje, eu confesso, dá um aperto no peito, uma vontade de chorar...

sexta-feira, setembro 05, 2003

Grito sublimado

É o que meu blog é hoje, uma espécie de sublimação do meu grito reprimido. Tenho oscilado entre estar bem, reconstruindo a minha vida e estar destruído, controlando meu eu, impedindo de gritar um grito grotesco, mas nenhum grito é suficiente, por que nenhum grito vai chegar ao ouvido de quem me maltrata e, mesmo que chegue, certamente não será meu grito, que tantas vezes já foi choro, que tantas vezs já foi apelo, que até já foi grito, que vai comover, que vai amolecer meu carrasco. Se assim fosse, já teria sido tantas vezes antes, então meu grito só serve para mim mesmo, e só servindo para mim é só um grito desesperado e inútil, mas não posso reclamar daqueles que ouvem meu grito e estão sempre disposto a me confortar, a essas pessoas o que posso prometer é que vou melhorar, já sei que o passado não pode ser reconstruído ou esquecido, que agora é construir para frente, uma nova vida, talvez uma hora ou outra com uma nova pessoa. Sim, por que se sei que tenho uma certeza é a de que não nasci para ser sozinho.

Uma nova pessoa, uma pessoa melhor para mim, não que tenha melhores qualidades, mas que tenha uma acima de todas, que me ame de verdadede, que seu amor não seja tão somente uma fraude que se revele antes mesmo de amadurecer.

Só que saber é diferente de sentir e sentir é muito mais intenso que saber, é muito mais forte, não tem ponderação, não tem análise.

quinta-feira, setembro 04, 2003

Crime e Castigo

Impressionante como o ser humano tem dificuldade de administrar a culpa. As coisas ficaram bem mais fáceis quando consegui que ela confessasse aquilo que eu e metade da torcida do flamengo sabiamos, que ela estava tendo um cibercaso, e que esse caso já dura do começo deste ano ou final do ano passado, difícil dizer a data em que deixou de ser descomprometido e passou a envolver "paixão (sic)".

Agora como é que alguém abandona uma família com menos de dois anos de duração por conta de uma paixão de Internet? Verdade que além disso tem o processo natural de culpa por estar traindo, não tanto pelo sueco, pior é que o cara é uma bola de tão gordo, mas, principalmente os princípios e valores que tínhamos combinado para toda a vida, a de que criaríamos nosso filho da nossa forma, sem nos importarmos com o que qualquer pessoa achasse, especialmente com os pais dela que, decididamente, têm problemas.

A questão é que para trair é preciso saber trair, dependendo de como o processo de culpa se desenvolve, fica complicado conviver, pois a culpa faz com que você fique procurando justificativas no outro para o estar traindo daquela forma, ou seja, você fica em busca de culpas do outro também como forma de se justificar para o outro, e se agrava quando você recebe flores, pior quando você descobre e testemunham para você uma fidelidade anormal, mesmo em situações totalmente seguras para fazê-lo como a três mil quilômetros de distância.

De agora, a novidade, é que ela me confessou "certo, estamos apaixonados, e dai?", mas, sinceramente, não sei exatamente se o "e daí" é tão pertinente assim, mas, de fato, agora as coisas ficaram um pouco mais fáceis, vamos ver se por muito tempo, uma vez que quando ela admitiu que tinha consciência que os pais dela agiam por maldade, que a mãe dela já tinha tornado isso explícito quando queria me impedir de ficar com o Cauê o pouco que eu fico hoje, já que fico somente dois dias e quatro noites (mas a gente dorme a maior parte da noite), também ficamos bem por um tempo.

De todo modo, quais as chances que temos de que alguém nos ame da mesma forma que a amamos ao mesmo tempo?

terça-feira, setembro 02, 2003

E a que ele já está até começando a cantar

Boi, boi, boi, boi da cara preta,
pega esse menino que tem medo de careta

Boi, boi, boi, boi da cara preta
pega essa menina que tem medo de careta

Boi, boi, boi, boi da cara preta
pega essa criança que tem medo de careta

Canção de Ninar

Eu agora, morrendo de saudades do Cauê... :( outra música que ele adora e, sem dúvida, a minha preferida

(o celo da intro arrepia)

Na na na ni ni na no, gira a terra o sol girou
Na na na ni ni na no, traz na roda o meu amor
Na na na ni ni na no, passa tudo, o tempo e a dor
Na na na ni ni na no, só não passa o meu amor

Passa o tempo da tristeza
Passa o tempo da alegria
Passa o sonho, a esperança
mas também passa a agonia
só não passa o meu amor, na na na ni ni na no

Bambalalão

Resolvido o mistério da Lua, é dos CDs que o Cauê mais ama, que ele adora ouvir, junto com o Mozart

bambalalão
senhor capitão
espada na cinta
ginete na mão

Lua luar toma teu andar
Leva essa menina
me ajuda a criar
depois de criada
torna a me dar
lua, lua, luar toma teu andar

Lua luar toma teu andar
Leva esse menino
me ajuda a criar
depois de criado
torna a me dar
lua, lua, luar toma teu andar

Bambalalão
senhor capitão
espada na cinta
ginete na mão

Sem título (13.9.99)

Pega
um cachorro
Passa
não te quero

por te amar
não te suporto
Venha
que ainda te quero
Vaca
que me dá prazer
mas não sai do meu caminho

Sem título (13.9.99)

Sou
ou não

Tenho
ou não

Sei
ou não

Penso
ou não

Creio
ou não

Faço
ou não

Tento
mas não sei porque

Ressaca de Você (20.5.99)

Cara de álcool
de alma
de mim
de você.

Cara de coca
de nós
do tempo

Fome de amor

Cara de dois
de tudo
de todo

Cara de após
de todos
de tapas
de quase olhares
Entre
o eu e o você

Cara de eu
Cara de você

Ainda é forte o que sinto pelo que perdi, então...

O que pouca gente sabe é que esse poema traduz um pouco do que percebi de minha ex-amorrzinho quando cheguei de viagem, a primeira vez que voltei depois que estava grávida, a partir daquele dia, eu percebi que a estava perdendo, e assim foi, dia após dia, noite após noite...

"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Dez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente


Também do poetinha, do meio do Atlântico em 38

segunda-feira, setembro 01, 2003

A lista das pessoas que eu amo de forma assumida aumentou

Bem, vou compartilhar com vocês isso, é legal: a lista das pessoas que eu amo de forma assumida aumentou. Não do amor ordinário que se ama todo mundo, mas do amor que se ama quem te entende e o melhor de tudo, a trilha sonora do submarino amarelo tá querendo voltar para a minha vida, fez parte dela por um período muito, muito curto, mas eu acho que em breve, pode voltar sem soar artificial.

E em homenagem a este último amor, as palavras do mestre poetinha:

"De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure"


Soneto da Fidelidade de outubro de 39, no Estoril

Paixão é algo mesmo inexplicável

Apesar de tudo, de tudo mesmo, não só do que tem aí para trás escrito nesse blog, mas de tudo que aconceteu e eu ainda não tive tempo ou coragem de escrever, meu coração continua batendo pelo meu ex-amorrzinho: agora eu acredito que preciso de um psicólogo, pois está mais que provado que nunca vai dar certo, apesar de que a minha ex-sogra ainda psicótica ter atrapalhado muito a nossa vida e realmente nos impedido de nos acertar, ela que já fracassou na vida dela e que não pode ver nada ser feliz ou dar certo perto dela que tem que matar rápido senão contagia todo mundo em volta dela e ela fica só, devia ter nos deixado em paz. Falo isso por que andei me perguntando se eu não sou mesmo tudo o que ela fala de mim por aí, sei por que uma pessoa bem próxima dela, bem próxima mesmo, meeesmo, aliás, obrigado, veio me consolar, mas não perguntei por que, assim achei melhor naquele momento.

Então me veio esse raciocínio, supondo que eu fosse o diabo mesmo, o que quer que eu fosse, mas não éramos nós que estávamos tentando nossa vida, que tínhamos o direito de errar por nós mesmos, e uma pessoa que já tinha vivido sua vida, tudo bem que fracassou, exceto por que conseguiu uma boquinha boa, tinha que nos impedir de errar? Nós tínhamos o direito de errar, a vida era nossa, era nossa famlia. Entao era nosso direito fazer tudo errado e dar errado, mas desde que tivéssemos sido nós.

Contudo também fato é que minha ex-amorrzinho sabia de tudo, sabia do que ia acontecer e fez o que fez, então não pode ter sido sem culpa, uma vez que tinha ciência do que iria acontecer, uma vez que ela própria disse uma vez:

"É melhor morarmos por enquanto aqui (na casa dos meus pais, não dos dela), pois se ficarmos lá em casa, nosso casamento acaba antes mesmo de começar, por que a mamãe é uma pessoa muito difícil"

Eu só não entendo como alguém coloca a pessoa acima dentro da sua própria casa, fazendo tudo para acabar tudo.

Achamos a lua, mas ainda falta algo em nossas vidas

Depois de muito tempo procurando a lua que o Cauê tanto tentava nos mostrar, ela deu o ar da graça, uma lua crescente, à beira da praia, num dia de céu lindo, cheio de estrelas, com o barulho do mar às nossas costas. Estava legal, ele estava com meu pai, mas que alguém mais poderia estar lá quando encontramos a lua, poderia, mas eu sei que a lua brilha para todos e em outro lugar, em outro tempo, outra pessoa viu a nossa lua, que apareceu só para ela, e também lembrou de nós.

sexta-feira, agosto 29, 2003

META PESSOAL: R$ 1.000.000,00 antes do mandato atual do Lula acabar

Decidi, hoje, está na hora de encarar as coisas de forma mais pragmática:

1) Estabelecer uma meta de ativo circulante pessoal: um milhão de reais até o final do governo Lula

2) Estabelecer uma estratégia: Os ovos, de onde devem crescer os pintinhos, que devem crescer e virar frangos, alguns mortadela, estão até agora em duas cestas, na que é maior eu tenho menos ovos, já são ovos e já estão sendo preparados, na outra ainda estou tratando bem as matrizes, pois ainda não chegou na fase do ovo, mas tem possibilidade de que os ganhos sejam de até vinte vezes mais que na primeira. Devo pensar numa terceira cesta?

4) Tática, como fazer para proteger minha galinha daqueles que querem comê-la antes de botar os ovos? Essa é a maior dificuldade de ter de agir com terceiros no momento da concepção, fica difícil manter a galinha protegida, já que as pessoas ficam com fome e não tem a paciência necessária para esperaros frangos ou algo de maior valor agregado.

5) O jogo? Bem, como meu adversário está jogando duro, tenho duas escolhas, ou faço de conta que estou jogando, ou saio do jogo, ou entro mais firme que ele, assim a perna que se quebrará não vai ser a minha, ou, talvez, quebrem-se as duas. É uma escolha difícil, mas que não compromete os ovos da primeira sexta.

6) A alternativa? Existe possibilidade de serem estabelecidos domínios diferentes para os adversários, ou seja, um atua em cada campo, em campeonados diferentes. Aí existe uma questão complicada, pois um dos domínios é auto-sustentável e pode garantir receita imediata, mas sempre limitada, ou outro domínio não é auto sustentado, mas, também, sem uma ação coesa e coerente, não vai alcançar lugar nenhum, em outra palavras, um deles anda quase só, outro precisa de alguém que saiba dizer aos demais o que fazer, de um técnico/treinador. Com qual dos dois eu fico? Até imagino que não vá ter o direito de escolha, por irônico que possa parecer, pois todo mundo vai querer o maior potencial, esquecendo que o maior potencial precisa de muito mais competência para chegar ao seu valor futuro projetado.

Enfim, eu, sinceramente, preciso ter linhas que possam ser trilhadas na minha vida até chegar em minha meta pessoal. Claro que as pessoas que estiverem me ajudando a alcançar minha meta vão ganhar também, algumas quase tanto quanto eu, outras muito mais.

quinta-feira, agosto 28, 2003

Um post ameno

Decidi, sempre o dia tem que acabar com um post ameno, tem tanto post pesado, que ao menos o último de cada dia tem que ser ameno.

Bem, nada mais ameno que me lembrar que meus investimentos do passado parecem estar dando mais certo que eu podia imaginar, ainda não é a vez da Oktiva, que está indo muito bem obrigado, deve fechar o ano com lucro se nada der errado até lá, o que é muito bom para uma empresa com menos de dois anos e de vanguarda, ou seja, que trabalha com coisas novas para o mercado.

Justamente na vanguarda moram as dificuldades, mas também é nela que mora o valor do negócio, pois depois que comprovarmos nosso modelo de negócio com lucros mais significativos que os que devemos conseguir esse ano, já hoje tem milhares de fundos de investimento querendo investir numa empresa como a Oktiva e isso significa oportunidades muito maiores que as que estão dando certo hoje.

É feliz quando você pode ter a vivência de um mesmo modelo de negócios, mas com um produto muito mais ousado, de maior valor agregado. É como se o seu primeiro sucesso tivesse sido um estágio para o que vai ser um segundo, espero que a diferença também seja a de ser estagiário para empregado em termos de dinheiro... aliás, a vida era tão mais sossegada quando eu tinha salário... mas eu sou muito inquieto para ter sossego e ainda quero conhecer o mundo enquanto ainda posso participar da cultura e não apenas pesquisá-la, e acho que ia demorar um pouco para conseguir isso como empregado, uma vez que minhas últimas férias foram em janeiro de 2003....

Eu sou burro, burro mesmo, mas tem que ter um jeito de consertar

Sabe quando você vê algo dar errado, tudo bem que não foi você que cometeu o erro, mas você viu, penou por causa do erro, até foi uma das pessoas que ajudou a resolver e, daí, você, na sua própria oportunidade comete o mesmo erro?

Pois é, eu fiz isso, e o pior, tudo estava claro e nítido, mas eu não quis ver. É o efeito do medo, da insegurança, por mais que você saiba de uma determinada coisa, ao ficar inseguro acaba fazendo besteiras na sua vida. A única coisa boa, nessa história toda, é que minha intenção foi a melhor possível para com as pessoas, que errei por me preocupar mais com as pessoas do que com os negócios e que, dos males o menor, fui eu quem comprometi mais até agora. Enfim, as pessoas que você tentou ajudar, de uma forma ou de outra, muitas vezes são as que menos reconhecem o que você fez ou o que você faz.

O pior é que eu tenho tanta certeza que, apesar dos pesares, no saldo já deu certo, que a única coisa que falta depende de um único investimento, que está ao meu alcance fazer, e de não me atrapalharem. O problema é que o risco de me atrapalharem é tão alto, que posso nem conseguir o que precisamos do investimento que tenho que fazer, não é desesperadora uma situação dessas? Você ter a faca e o queijo na mão e a turma que está querendo comer um pedaço fica te segurando?

Dinheiro não consegue mesmo comprar educação

Eu sei que ainda não consegui sair dos flashbacks pré-natal, mas é que são tantos, e ainda não estava tão engodado, então para dar um pulinho para depois do nascimento, vou compartilhar com vocês mais umas das minhas indignações com novos ricos.

Imagine-se reponsável por um múseu na ála de óbras neo-clássicas, então chegam aqueles turistas idiotas, cuja única importância de sua visita ao museu será contar aos colegas de trabalho que lá estiveram, com suas super câmeras ultra-modernas, caras mesmo, mas que vem sem o acessório desconfiômetro, decididamente um opconal. Então, apesar de todas as vezes que isso aparece na mídia, dos guias do museu pedirem e das milhões de sinalizações nesse sentido, esses chatos insistem em fotografar originais de supremo valor para a humanidade utilizando o maldito flash. Sentiram raiva dessas pessoas?

Bem, agora imagina seu filho recém-nascido, mas quando eu falo recém-nascido, to falando que acabou de chegar do seu primeiro banho depois do nascimento, você acabou de fazer uma cobertura descente do parto e do pós-parto com sua velha Nikon FM2, lente normal, filme 400 e está dividido entre bater fotos e cuidar de seu filho e seu amor, meus pais também querem fotos, uma Yashika, boazinha, batem umas fotos e outras, terminam o filme que tinha trazido.

Lógico que não poderíamos ficar em paz por muito tempo, logo, avô e tio, da família da minha ex-amorrzinho, começam sua seção de fotos, mas não poderiam passar despercebidos, discretos como todo mundo, começam a bater fotos de uma pessoa que acabou de sair de uma cirurgia e de um recém nascido com flash, e continuaram apesar dos apelos da enfermeira, meus, dos meus pais, do meu avô, da minha própria ex-amorrzinho. Agora você imagina até que número eu tive que contar para ver, meu filho que acabou de ver a luz pela primeira vez, tentando dormir e superar o trauma do parto, sendo bombardeados de flash.

E tudo isso para que? Quem me conhece sabe que eu fotografo e que minha predileção são as expressões humanas e suas emoções, então não preciso nem dizer que a qualidade das fotos que eu bato do Cauê são fastásticas, legal que ele tem suas preferidas também.

Mas não pensem que minha ex-sogra quase psicótica deixou por menos, oras, não é que logo que todo mundo saiu, já que eu pedi para que pudéssemos ficar a sós, num dia tão importante, eu, minha mulher e meu filho, não se contentando em infernizar, sabendo que estava fazendo isso, desembestou a ligar para os parentes do telefone que ficava entre a cama e o berço, com a altura de voz típica dos novos ricos em restaurantes franceses, convidá-los para virem ao hospital, sabendo de nosso pedido para que deixassem as visitas para uma ou duas semanas depois do nascimento.

Nem todo mundo é mau nessa história, umas das tias da minha ex-amorrzinho, resistiu bravamente à insistência da minha ex-sogra ainda psicótica para pegar meu filho recém nascido, chegou a ir ao banheiro lavar as mãos, mas se recusou a pegâ-lo, alegando sensatamente que havia trabalhado o dia todo, estava suja e que um recém nascido não deve, em seus primeiros dias, conviver com mais pessoas que seus pais e, eventualmente, uma efermeira que os esteja auxiliando. Nunca agradeci essa atitude, se um dia morrer e desentarrarem esse blog, transmitam meus mais sinceros agradecimentos por isso a ela.

Surpresas que acontecem na vida da gente

Imagina o seguinte, meu ex-amorrzinho está tentando re-construir a vida com um sueco que ela arranjou pela Internet, ainda não se conhecem, mas muito antes de nos separarmos, minha ex-sogra ainda psicótica já tinha comprado uma webcam para o novo casal, bem, eles ainda não se conhecem, mas eu fico pensando, e se minha ex-amorrzinho resolver ir para a Europa?

1) Será que ela consegue/pode levar o Cauê?

2) Será que minha ex-sogra ainda psicótica vai deixar? O que ela pode fazer contra mim, ou até contra eles para tentar ficar com a guarda do Cauê?

3) Além do par de chifres, como eu fico nessa história?

O lado bom é que, ainda através da Internet, redescobri uma pessoa cuja passagem pela minha vida, ainda que nem amoroza, nem sexual, foi bastante atribulada, e não é que essa pessoa é a pessoa que está mais me ajudando a reconstruir minha vida, ainda que não com um relacionamento amoroso ou sexual e ainda que ela esteja morando fora.

Quer dizer, uma mesma coisa, nesse caso as possibilidades de encontros e re-encontros pela Internet, podem estar me dando, ao mesmo tempo, alegrias e tristezas tão fortes. Se bem que o lance desse chifre eu já assimilei bem, até estou com o cabelo um pouco maior para disfarçar por esses dias, mas ainda tem aquele restinho de esperança no fundo do coração teimando em sofrer por uma traição que já está consumada, e que nem teve seu ápice nesse namoro internético, afinal outras traições não relacionadas ao "homem x mulher" são muito piores de digerir.

Pequenos detalhes da vida cotidiana que poderiam ser bem melhores do que são, mas que no final, já são tudo em si mesmos

Ontem peguei o Cauê sem minha ex-amorrzinho, a minha ex-sogra ainda psicótica teve um súbito medo de dormir sozinha ou no escuro, não sei bem ao certo e minha ex-amorrzinho não pode passar uma semana na praia. Lógico que vocês devem estar se perguntando por que diabos eu queria que ela fosse passar uma semana na praia comigo, se bem que eu só vou estar indo à noite, exceto no final de semana, mas existe uma razão, o único jeito do Cauê passar uma semana na praia comigo é ela passando junto, ao menos por enquanto. Então, eu queria que ele pudesse passar uma semana toda na praia, mas ele não vai.

E se vocês vissem, não sossegou ontem noite enquanto não conseguiu me fazer entender que eu deveria abrir a janela, isso à noite, então passou um tempão enorme, olhando o céu, as núvens, tentando pegar o vento que entrava pela janela e, principalmente, as ondas que rebentavam na praia, acho que ele gostou, não queria dormir de jeito nenhum, apenas olhar o mar e imitar seu som.

Tão lindo.

E como não levamos o som dele para a praia, pegou uma caixinha de fósforo e começou a puxar um samba, e dançar, verdade que o samba era meio samba-lelê, mas foi legal. Uma pena que hoje pela manhã, antes de iniciar o trabalho, tive que deixá-lo com a minha ex-amorrzinho, que não gostou que fui tão cedo, 8h da manhã, deixá-lo em sua casa.

Isso aliás, me fez lembrar uma dúvida cruel que eu tenho, o que acontece para que, quando está comigo, o Cauê acorde às 6h da manhã, morrendo de fome e querendo sair do berço e com ela ele dorme até as 8h30, nunca consegui entender isso, mas ele deve ser mais esperto que eu, afinal os filhos são sempre mais tudo que os pais, inclusive inteligentes.

Vou terminando minha pausa de almoço, que meu almoço virou marmita antes de eu chegar em casa e, daqui a pouco, após uma descansadina à toa, volto para lá.

quarta-feira, agosto 27, 2003

Algumas páginas são fáceis de virar

Acho que email foi uma das coisas mais fantásticas que inventaram para ajudar toda espécie de relacionamento a encontrar seu clímax de tranquilidade. Hoje estava conversando com uma amiga por ICQ e abriu-se a oportunidade para virar umas páginas antigas que ainda estavam entulhando, quase nada, mas dado que estou apaixonado por nossa relação atual, não poderia fugir à minha sinceridade característica: Quando ficou complicado mandei para ela um email que impresso ia acabar a tinta de um cartucho doméstico da HP e agora espero uma resposta, mas já fiz minha parte.

Se ela não gostar do que leu, pode mandar um email indignado, pode me ligar, pode me chamar no ICQ, mas acho difícil que estrague a ternura de nossa relação atual.

terça-feira, agosto 26, 2003

Alguém tem uma receita de bolo para comentários?

Bem, criei um blog secreto para mim, para escrever minhas lamentações e encher menos os ouvidos dos meus amigos. Também por ter seguido o seguinte raciocínio: 7 dias depois ele não exibe mais meus posts antigos, e uma semana depois ele arquiva. arquivar pode ser considerado o mesmo que virar uma página? se sim, fico pensando se vai me ajudar a virar as páginas difíceis da minha vida. mas como faço para permitir que algum azarado que caia no meu blog e tenha paciência de ler meus posts quilométricos, possa deixar um comentário? tem alguma receita de bolo?

Um parenteses nesse blog das lamentações

Se você encontrou esse blog, certamente está se perguntando por que estou escrevendo tudo isso aqui, é que uma pessoa muito especial está me ajudando a virar essa página da minha vida, mas percebi como tenho necessidade de falar sobre esses episódios, talvez como forma de tirar um pouco do sofrimento de dentro de mim.

Então, como sei que o blog vai virar a página para mim, espero conseguir colocar o máximo de coisa ruim que aconteceu comigo esse tempo todo para que esse blog vire essas páginas para mim, quero chegar um dia e encontrar meu blog cheio de depressões e problemas amenos, ou com relatos de felicidade, talvez de uma nova família que eu tenha construído, dessa vez com uma pessoa escolhida com mais critério: Aprendi que confiar no amor absoluto que senti não foi um bom começo para uma família, por irônico que possa parecer.

Muitas pessoas estão me ajudando, minha mãe está me dando uma baita força, até por entender mais de desenvolvimento infantil que eu, minha prima mariana, que eu adoro, minha amiga samia e, especialmente, a di.

Outros tantos ajudam no dia a dia, mas entendam, eu sou uma pessoa do bem, acredito que deve haver uma maneira pacífica de resolver os problemas que tenho em torno da criação do meu filho, agradeço os tantos voluntários que apareceram para dar um jeito mais, digamos, definitivo na minha ex-sogra ainda psicótica, mas eu não sou um assassino, então ainda que não tenha encontrado uma solução, acredito que ela existe e que pode ser pacífica, de qualquer forma, obrigado pela solidariedade :-).

Já ficarei feliz se, caso minha ex-amorrzinho ceda à pressão que minha ex-sogra ainda psicótica está fazendo sobre ela para que ela entre na justiça para me impedir de ficar com meu filho aos finais de semana e nas quartas-feiras à noite. vocês possam testemunhar a meu favor num tribunal. Meu ex-amorrzinho garante que não vai fazer, mais nunca se sabe, afinal antes de ir para São Paulo, onde ficou grávida, falou o seguinte:

"procurei uns cursos, mas no guiasp não achei nada, fui no cadê e lá encontrei poucas coisas, não sei se interessantes... Vou falar com o papai daqui a pouco e de preferência sem a presença da mamãe, pra não influênciar, mas eu sei que depois quando ela souber vai fazer a maior confusão. De qualquer forma, para primeiro impacto é bom que seja longe dela. Me deseje boa sorte, tô com medo."

Então não sei até que ponto não vai mudar mais essa opinião e ainda estragar um pouco mais minha vida, posto que um embate num tribunal seria chato, por que eu sou a única coisa que conhece meu ex-amorrzinho, juro que nunca farei nada para atacá-la, mas acho que no desespero de não perder o direito de ficar com meu filho o pouco que fico hoje... ia ser chato...

Quando o cinismo quebra as barreiras do inacreditável

Um dia, minha ex-amorrzinho, teve uma crise de ciúmes, quando ainda estava grávida, logo no começo da gravidez, ainda não estávamos em nosso apartamento. A crise aconteceu por que eu não quis que ela lê-se o emai que estava respondendo para meu sócio e vice-presidente da empresa em que eu trabalhava na época, que me cobrava uma posição com relação às demissões que se faziam necessárias em nosso setor de pesquisa e desenvolvimento.

Não é exatamente algo que você quer participar à sua esposa grávida, mesmo por que formávamos, quase todos uma família em nosso departamento, de tantas noites que viramos juntos e tantas pizzas que comemos para construir primeiro o email.com.br, com o Velop 1, depois o Velop 2, para o mercado corporativo.

Infelizmente minha ex-amorrzinho não era, e eu sabia disso, o que se poderia se chamar de uma pessoa madura, e com raiva, ligou para minha ex-sogra ainda psicótica vir buscá-la na casa de meus pais, tamanha pressão que minha ex-sogra ainda psicótica fez de que minha ex-amorrzinho ia abortar em qualquer sinal de tristeza, que ela ainda entrou mais em pânico.

Minha ex-sogra ainda psicótica veio bater na casa dos meus pais e, apesar de todos os apelos que fiz para que deixásse que resolveríamos nossos problemas nós mesmos, ela disse:

"Só vim até aqui por que é a casa dos seus pais, se fosse na sua casa eu não teria vindo"

Esse cinismo tem uma explicação pois minha ex-amorrzinho, dentre a possibilidade de ficar temporariamente na casa dos meus pais ou dos dela, havia escolhido ficar na casa dos meus pais, pois disse ela:

"Na casa dos meus pais não daria certo, pois minha mãe é uma pessoa muito difícil"

Lógico que minha ex-sogra ainda psicótica queria que saíssemos da casa dos meus pais e estava pressionando minha ex-amorrzinho para isso, pois ela sabia que apesar de meus pais se esforçarem para manter a distância necessária, iam acabar nos protegendo e ao nosso filho, das insanidades da minha ex-sogra ainda psicótica. Foi o que acabou acontecendo e hoje ela me abandonou e eu tenho que disputar a guarda do meu filho com os interesses da minha ex-sogra ainda psicótica.