segunda-feira, setembro 15, 2003

Meu cachimbo e um Half'n'half pela metade

Como minha vida meio a meio, que ficou pela metade, não teve tempo de terminar, nem de amadurecer, não teve tempo de queimar até o fim, mas não tenho vontade de acender meu cachimbo de novo ainda, deposito nele a culpa pela minha paixão, que se manteve acesa todo esse tempo em que vivi sob o mesmo teto que minha paixão, que manteve a paixão acesa enquanto tudo pedia que fosse sufocada pelo dia a dia de um lar que não tinha a liberdade de se formar.

Cachimbo que tantas vezes ajudou a secar lágrimas antes que surgissem à pele, que tantas vezes me ajudou a olhar para o infinito e resgatar minhas utopias quando tudo parecia conspirar contra a felicidade. Talvez por isso o deixe agora de lado, sinto-me traído por suas promessas de que dias melhores viriam, que era apenas suportar um pouco mais as dificuldades e algo, hora mais, hora menos, brotaria do coração da minha ex-amorrzinho. Não brotou, quando ia brotando, arrancaram o frágil broto que surgia.

Por fim, fiquei só, qualquer dia acendo você de novo, mas ainda não estou curioso sobre o que tem a me dizer, confesso que prefiro esperar um novo momento, uma nova chance de ser feliz, uma nova chance de apostar em uma nova metade, que seja meio a meio. Apesar de tudo, não deixei de ter essa utopia, de acreditar, de desejar.

Nenhum comentário: