segunda-feira, abril 18, 2005

Uma dissonância a menos na minha vida cheia delas

Eu descobri que posso perdoar as atitudes de alguém que eu considerava muito meu amigo. Eu sei que provavelmente ele pouco está ligando para o que eu penso sobre ele hoje, mas era importante para mim, que mais de um ano passados ainda não compreendia o que havia acontecido.

E como a gente vai, junta uma peça, junto outra, ouve o testemunho de uma pessoa, de outra e numa conversa mais que descompromissada, surge a solução e tudo se confirma, faz sentido, explica tudo. Eu deveria confirmar, mas é tão claro que aconteceu e tão óbvio que seria negado que nem vale à pena o desgaste.

Enfim, eu não posso criticar, sem dúvida escapei vivo de tudo que me aconteceu por que eu tinha meu filho para cuidar. Hoje o Cauê é a única coisa que me importa do que eu trouxe do passado, o resto ficou no passado, mas não foi sempre assim e foi dificil superar a perda de uma grande paixão.

É fácil eu entender meu amigo, ele também perdeu uma grande paixão, talvez tão grande quanto a que eu perdi, talvez até maior, pois era com uma pessoa muito mais maravilhosa que a minha ex-mulher e é quase óbvio compreender o que quatro paredes justapostas testemunharam, embora eu tenha levado quase um ano para entender.

Desculpas pelo que eu tiver feito de errado eu já pedi, agora, mesmo sem que me tenha pedido, eu me sinto capaz também de desculpar.

Eu sei também que ele não imagina tudo de ruim que decorreu das atitudes dele e da de outros, que insuflaram ainda mais minha ex- e tudo que aconteceu dá para ter uma pequena noção por aqui, mas ninguém previu, por mais previsível que fosse, afinal eu, mais do que ninguém, sei que a criatura é encantadora, charmosa e... traiçoeira.