segunda-feira, novembro 22, 2004

Cauê, independente do que nos aconteça de agora em diante, desejo que compreenda que sua existência me permitiu sonhar com a concretização de seus sonhos e que a dor dilacerante das lagrimas que derramamos nas tantas vezes em que não pude o proteger como deveria proteger um pai a um filho se tornará apenas uma lembrança amarga e distante quando conseguirmos permitir que você construa sua própria felicidade.

Por favor, entenda se um dia não me conter ao lhe dar de uma só vez todos os bons-dias e boas-noites que estão engasgados desde que me foi proibido embalar seus sonhos noturnos e a você me acordar com seu sorriso lindo na primeira hora da manhã. Todas as noites se tornaram tristes desde então, mas nas primeiras noites de sexta nem meu grito mais potente era capaz de aplacar a dor da sua ausência, da ausência da festa que fazíamos todas as semanas ao nos reencontrarmos para mais um final de semana.

Sei que não é possível ainda que perceba a importância que tem você acreditar em mim, apesar de todos os meus erros, apesar de todas as minhas falhas, mas peço que jamais se esqueça que eu sempre estarei com você, dentro do seu coração, cantando para você viver: ‘ba-bo, ba-bo, ba-bo, ba-bo, ba-bo, ba-bo...’.