segunda-feira, setembro 22, 2003

Um comentário que virou um post

Tinha um lance, que minha ex-amorrzinho ficava me policiando, que ela dizia que eu fazia tudo para as outras pessoas, que as pessoas se escoravam em mim, que eu era bobo. Fico pensando, áh se ela soubesse como é bom ser bobo, como é bom fazer algo para alguém sem ter que cobrar nada em troca e como é bom ter alguém que te faz bem sem ter que dar nada em troca e, então, por conta disso, o que acontece é que o mundo fica muito, muito mais feilz para mim.

Acho que com essa coincidência, enquanto escrevia isso num comentário do post anterior, vou ao blog do Cauê e encontro esse post da minha ex-amorrzinho, que me parte o coração:

"Vê se não poetiza muito a tua narração, por que se não de nada vai adiantar eu vir aqui ler o que houve com ele! Quero que me conte melhor como foi esse tombo... E por favor não deixe os outros puxarem os cabelos dele."
# posted by Debra : 9/22/2003 04:57:22 PM

E isso é tudo, nada mais, nem um post a mais, nada. Como ela pode me pedir para escrever sobre o domingo do meu filho sem poesia, se tudo que vejo nele é poesia, a poesia que me faz sorrir ainda agora pela lembraça que ficou de nossos últimos momentos hoje, a poesia do meu filho lindo, tão carinhoso, tão meigo, tão doce. Como eu posso falar friamente de quem me dá energia para viver e, principalmente, para sorrir.

Não pediria isso á minha ex-amorrzinho, que seria um debate estéril, mas gostaria tanto que ela pudesse ver mais poesia em nosso filho, um pouco da poesia que invade minha alma sempre que o vejo, especialmente quando ele acorda, ah, quando ele acorda, chama por mim: "babo", sorri quando eu chego: "babo", é um sorriso que me emociana agora, enquanto lembro de hoje pela manhã, não há nada melhor que o sorriso dele ao acordar, eu só poderia aproximar, guardando as devidas proporções, que o sorriso dele pela manhã toma minha alma como uma dose de frangélico tomaria minha boca, só que é algo que dura mais que um dia inteiro, é algo que mantém meu coração batendo até a próxima vez em que vou vê-lo.

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