Receber um email dela dizendo que ficou com lágrimas no olhos ao assistir novamente um filme que assistimos juntos: "Amores Possíveis", assistido a dois no cine do Dragão do Mar, falando da saudade que sente ao viver aquilo que vivemos juntos: filmes, músicas que tocaram naquela época, compras no Extra, traz uma sensação de confusão em mim que nem posso descrever. Já não é que me perturbe emocionalmente como perturbava antes, mas a sensação de não poder compreender o outro, não conseguir entender suas razões, é mais fácil quando se pode perceber a linha de pensamento, ou mesmo de sentimento do seu interlocutor.
Ouvir que ela se faz de durona, mas que apesar de tudo sente muita falta de mim, sente muita saudade, é muito complicado, pois não consigo entender que uma pessoa faça com alguém que ama ou ao menos tem consideração uma parte do que ela fez comigo, vendo o sofrimento de outra pessoa tornando-se cada vez mais intenso durante dois anos.
Estou realmente aprendendo a me desapaixonar, muito já desapareceu, alguma coisa ainda ficou, mas não suficiente para ofuscar a razão, então, por isso, já não se pode chamar de paixão, talvez de carinho, talvez atração, talvez até um amor, um amor de que ainda pensa que deve ajudar, cuidar, proteger de alguma forma.
Então ouvir ou ler que o que ela sentiu por mim, jamais sentiu ou espera sentir por outra pessoa, que ela se transformou enquanto esteve comigo, que reconhecec que me magoôu, que me feriu, que me machucou e me pede perdão, alegando arrependimento sincero por tudo que fez e falou, é algo complicado, algo complicado para simplesmente dizer que acredito, que perdôo e que vamos tocar em frente. De fato, vamos tocar em frente, mais eu preparado para a próxima virada de humor, em que me transformarei novamente no pior dos monstros.
Ela tem um blog agora e aceitou fazer terapia.
Texto liberado em 23/10, não sem as modificações pertinentes ao dia de hoje.
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