Se você já foi pai ou mãe, sabe que algumas coisas são muito importantes, no meu caso, algumas coisas são ainda mais importantes que outras. Minha ex-amorrzinho, enquanto esperávamos no quarto a hora da cesariana, em 21 de agosto de 2002, escolheu a roupa com que nosso filho ia ser vestido no berçário da maternidade. No meu caso não era o modelo da roupa que importava muito, mas o fato dela ter sido a roupa escolhida pela pessoa que eu amava e ainda amo para o meu filho, que eu sempre vou amar.
Depois que ela saiu para ser preparada para a cirurgia, eu ainda fiquei no quarto, chegaram minha ex-sogra ainda psicótica e o marido dela, que um dia ela me disse ainda no tempo do namoro com minha ex-amorrzinho:
"Você acha que à essa altura eu vou me separar? Tudo isso aqui é investimento meu, eu trabalhei enquanto ele estudava, eu tenho direito ao conforto que ele conseguiu e não a uma pensão, se separar para que? Para perder?"
Bem, voltando ao que interessa, na hora em que uma assistente do hospital veio pegar as roupinhas do Cauê, rapidamente fui pegar e entreguei o que minha ex-amorrzinho havia escolhido, não é que a minha ex-sogra ainda psicótica avançou contra a enfermeira, tomou dela a roupa e falou:
"Não foi essa a roupa que eu comprei, ela vai com essa"
E eu argumentei que a minha ex-amorrzinho havia escolhido aquela, que nós tínhamos o direito de que nosso filho fosse vestido com as roupas que nós escolhemos ou que ela escolheu e eu estava lá para defender os interesses da família que acabava de ganhar mais uma pessoa, mas não teve jeito, o único jeito seria recuperar nossa roupa à força e eu não ia fazer isso no dia do nascimento do nosso filho. Isso vai ficar para sempre marcado em minha vida.
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