A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, Apae, está furiosa com o processo de inclusão promovido pelo governo federal, que apenas cumpre seus compromissos com a comunidade internacional desde que ratificou a Declaração de Salamanca.
É natural que a Apae não goste da idéia da inclusão, afinal, tem uma rede de escolas especiais financiadas, principalmente, com o dinheiro público e, com a inclusão, perdem muito do seu poder de barganha política e, talvez, de recursos.
A segregação é inaceitável, não se pode conviver com a idéia medieval de que as pessoas diferentes devem ser excluídas do convívio com as ditas normais, que sejam educadas em salas ou escolas especiais. Guetos de discriminação e segregação.
A Apae não deixa de ser importante com a inclusão, pois possuem ótima estrutura para a promoção da educação, mas com a inclusão poderão atender, inclusive, número maior de criança, talvez atender crianças que não receberam o rótulo de deficientes mentais, mas que também necessitam do apoio multidisciplinar existente na Apae.
A principal função da escola, a socialização do indivíduo com a sociedade, deve ser atendida e não há motivos para que isso seja ainda mais preterido. São, no mínimo, 10 anos de atraso, milhares de crianças segregadas e milhões aprendendo a segregar através da educação formal.
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