terça-feira, maio 17, 2005

Não, nao foi uma Vitória de Pirro! Seria uma ao final...

Citação:
No ano de 279-AC, o rei Pirro, de Épiro (na atual Albânia), reuniu seus oficiais no campo de batalha de Asculum, perto de Roma, para saudar a vitória parcial das suas tropas contra o poderoso exército romano. Diante das enormes perdas de oficiais e soldados, porém, ele constatou que "com mais uma vitória como esta" o seu reino estaria perdido. Daí o termo "vitória de Pirro", que expressa uma conquista em que as perdas do vencedor são tão grandes quanto as do perdedor.

Hoje consegui uma pequena vitória, em favor da urgência, em detrimento de uma grande causa, de importância verdadeira. Não posso falar exatamente como foi assim em público, por que estaria violando segredo de justiça, mas me sinto bem com essa pequena vitória que pôs fim ao meu processo.

Agradeço ao Ineskecível, que postou aquele artigo da Dra. Deirdre, ele foi iluminador, pois descobri que estava brigando pela coisa errada, eu já sabia que estava brigando no lugar errado e isso me permitiu me desarmar definitivamente e buscar outro caminho.

Agradeço principalmente à terapia, que está me conduzindo em meu processo de individuação, que me permitiu ou facilitou meu enfrentamento com minha anima, especificamente minha anima sombria, que foi também importantíssimo no processo de iniciar uma luta verdadeira, pelo que realmente quero e com chances de vencer.

Por fim, lembram daquele cara que propôs um acordo, a pessoa com que ele estava negociando não aceitou o acordo querendo lhe estorquir mais e quem arbitrava acabou dando até mais do que aquele cara pedia? Tá, mesmo considerando que aquele cara pedia muito menos que era direito, certo, razoável, os fatos acabaram sendo melhores que a expectativa e isso é uma vitória verdadeira, conseguir mais do que se espera, mesmo que não seja aquilo que é certo e direito. De que valeria uma vitória no futuro com tantas perdas pelo caminho? Isso sim, seria uma vitória de pirro inquestionável.

E bem, não pense que eu vou desistir da causa, pois ela, bem sei, não é para mim que luto, nem para o meu filho enquanto filho, mas para meu filho enquanto pai e seus filhos, meus netos. Então ainda vou estar perturbando, incomodando, zoando no ouvido de muita gente por aí. Batendo de frente contra o autoritarismo que tanto ainda se faz presente em nosso Brasil, contra o machismo e contra tudo que nos faz menos felizes.

Só posso dizer que a partir de hoje meu filho não será mais um filho do divórcio, ou ao menos não só dele, ele agora tem um pai e um pai capaz de reaver a poesia de sua vida e que fará tudo para levar poesia a ele e tantas gerações que ainda virão pela frente!

Ainda que falte um pouco para que complete meu processo de individuação,
agora sim, posso dizer, isso é só o começo!

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