terça-feira, junho 14, 2005

Ah, meu relógio passa o tempo bem devagarinho hoje, há muito o que fazer, mas um estranho sentimento me segura o dia todo, convida ao fazer nada, se tento fazer, acabo com tanto sono que cochilo um pouco. Eu preciso de mais, não posso viver com tão pouco. O tempo, meu inimigo, eu não consigo enganar, não posso voltar, não posso adiantar, tenho que esperar, caminhar, um dia após o outro. Alguns dias são vazios, outros cheios, outros são simplemente nada. Eu espero, mas não queria esperar, queria sair correndo consertando todas as coisas erradas que fiz até hoje. Não há mais conserto. Eu espero, espero, espero e nada alcanço. Vivo de manter o que já tenho, de não perder o que ainda não ganhei. Vivo sem esperança, esperando um sonho que nunca vem. O mundo é mesmo feio. Há beleza, mas de tanta feiura é preciso atenção para encontrar. Eu sinto fome, mas não tenho vontade de comer. Espero que esse vazio acabe, mas meu relógio passa o tempo bem devagarinho hoje. Ah...

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