sábado, agosto 13, 2005

Recusa a utilizar o termo marketeiro, derivado da expressão tosca marketing político.

O que Duda Mendonça faz é propaganda política, talvez uma forma renovada de propaganda, com maior profissionalismo que outrora no Brasil, mas é propaganda.

A principal razão para a recusa do termo marketeiro é que, derivado de market, iguala política a mercado, cidadãos a consumidores, o que é um esvaziamento deliberado da Esfera Pública, não o blogue ou a revista.

3 comentários:

Claudio Martini disse...
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Claudio Martini disse...

Não sei especificar muito bem a correlação com o seu texto, mas venho em defesa de Duda como um dos maiores marketeiros do planeta.
Considerando, entre outros, que a primeira campanha "produzida para o PT" foi uma "amostra grátis"(não teve custo financeiro para o PT e para o candidato), podemos inverter um pouco a lógica mais evidente, avaliando que o presidente e o PT são produtos adquiridos dentro de um plano de marketing, onde se pretende que o Estado deve servir ao poder econômico.

O poder econômico é o cliente que pretende maximizar o lucro.

O marketeiro é o agente.

O presidente/partido é o produto a ser comprado/revendido.

O eleitor é o pseudo-consumidor que pode escolher o melhor produto entre os oferecidos, ele não compra o presidente? apenas escolhe?

Cidadão/Consumidor
O Duda é um marketeiro que trabalha pelo esvaziamento da Esfera Pública assim como os mais importantes blogues e revistas do mercado.

A revista tem seus clientes que vendem produtos e idéias.

O consumidor compra a revista, compra os produtos e compra as idéias?

Anjo Mecânico disse...

De maneira simples, seca e direta. O que escreveu que coloca o Duda Mendonça enquanto Mercadologista (para deixar mais claro o sentido da ação) e não como propagandista?

Não discuto se ele é ou não competente, inclusive o artigo na Esfera Pública defende que ele é realmente competente, mas não que isso implique em mercadologia, é, simplesmente (se é que é possível falar em simplicidade em matéria de discurso/linguagem/propaganda/consentimento) um propagandista na forma mais clássica de propaganda, que é justamente a propaganda política.