quinta-feira, junho 10, 2004

A Deus ou o que ou quem quer que nos atenda por este chamado,

Passa o tempo da tristeza
Passa o tempo da alegria
Passa o sonho, a esperança
mas também passa a agonia
só não passa o meu amor
(Marcus Viana em Nave dos Sonhos)
(Álbum de ninar preferido do Cauê)

A Deus ou o que ou quem quer que nos atenda por este chamado,

Gostaria de pedir não só por meu filho, mas também por tantos outros orfãos de pais vivos, que esta prece, de cunho pessoal, escrita à distância do Direito, da Psicologia e da Educação, ciências que muito estimo e respeito, mas que, apesar do esforço de seus pensadores, ainda não podem dar conta da totalidade relacionada à convivência entre uma criança, seus pais, seus familiares e todas as comunidades que os cercam.

Permito-me aqui, então, me expressar com a liberdade de sentimentos e de emoções que sempre envolveram meu relacionamento com o Cauê.

Foi com muito pesar que em uma sexta-feira à noite (7/5/2004), quando era costume apanhar meu filho na casa de seus avós maternos, soube da ação da qual me defendo agora, pois a forma como foi feita, à distância da conciliação e da cordialidade que deveriam cercar o convívio entre os entes responsáveis pelo cuidado primário de uma criança, considerei violência contra mim e, principalmente, violência maior contra nosso filho, que não pôde entender o que se passou naquela noite.

Eu, na ocasião, com a intenção de diminuir a punição a que ele estava sendo submetido por ser também meu filho, tentei permanecer com ele por alguns minutos na casa de seus avós maternos, em visita supervisionada por sua mãe e sob as constantes ameaças de não mais o ver, mas, não suportando mais a dor que me sufocava, despedi-me dele e pedi à sua mãe que o distraísse enquanto permitia que eu deixasse a casa de seus pais.

Qual então não foi minha surpresa quando, mesmo vendo que eu havia "desabado" em choro, trouxeram meu filho para me ver, deixando de o levar comigo como era a rotina a que estava acostumado e ainda chorando daquela forma. Tentei me restabelecer, pois era claro para mim que o julgamento da criança seria o de assumir para si a culpa pelo sofrimento do pai e pelo seu conseqüente abandono na casa de seus avós, mas não consegui, com voz tênue ainda prometi, mais para mim mesmo do que para ele, que lutaria até meu último suspiro para, depois de ter tido o meu relacionamento com sua mãe destruído, não deixar meu relacionamento com ele também o ser. Entrei no carro assim que pude, transtornado com a expressão de choque na face do meu anjinho de cabelos cacheados.

Confesso minha culpa por não ter obtido forças para reagir a esse golpe até o próximo dia de visita que fazia parte de nossa rotina, na terça-feira seguinte (11/5/2004), quando estacionei o carro em frente à casa dos avós maternos de nosso filho, onde mora quando em companhia de sua mãe e, qual não foi minha alegria, ao escutá-lo gritando "babo! passear!", o que agradeci a Deus por ele não ter perdido a confiança em mim. Qual não foi a surpresa quando sua mãe chegou à porta da casa, falando comigo, que estava do lado de fora do portão ainda ouvindo os gritos de alegria de nosso filho pela minha chegada, deixando claro que eu não o poderia ver, mesmo para um passeio curto, justificando que ele não precisava passear, pois já havia passeado naquela tarde, como se a única razão para sair comigo fosse a atividade física ou social do passeio.

Não tive forças para fazer mais que, novamente, chorar, pois ainda estava muito abalado pela leitura do processo que fizera naquela tarde. Ainda não aceitava a possibilidade de alguém que jurou me amar tanto, que durante seis meses trabalhou no meu convencimento de que deveríamos ou poderíamos ter um filho, pois independente de nossa continuidade enquanto casal, teríamos ambos o compromisso de participar de toda a vida de nosso filho o que, ingenuamente, acreditei e aceitei.

Na quinta-feira (13/5/2004) pedi à minha irmã e ao meu cunhado que visitassem o Cauê, mas também não deixei de me sentir mal quando minha irmã me descreveu a expressão no rosto dele, que veio correndo até a porta da casa quando chegaram, ao ver que não era eu lá, naquele dia. Também naquele dia tiveram conversa permeada pela percepção de que toda a mudança na atitude da mãe do meu filho se deve ao seu desejo de ir para a Suécia para viver com o noivo que conheceu na Internet, com o qual iniciou namoro enquanto ainda formávamos uma família nuclear, morando sob o mesmo teto, e à grande pressão feita por sua mãe, para que Debra, mãe do Cauê, não partisse e o deixasse comigo, talvez para que até ela desistisse da mudança para o estrangeiro.

Uma vez que a Suécia não é nem um destino próximo, nem possui muitos elementos culturais comuns com o Brasil, a ruptura seria drástica, pois estaria sendo afastado não apenas de um dos pais, mas de todas as comunidades com que convive desde o seu nascimento, suas famílias naturais, emotivas e afetivas, da percussão, da capoeira, do bumba-meu-boi, do maneiro-pau, do côco de praia, do côco do sertão, da caninha verde, dos Irmãos Anicete, do Reizado, da xilogravura e dos jogos de futebol no estádio Presidente Vargas que adora acompanhar da janela do "quarto azul", meu antigo quarto na casa de meus pais, transformado em seu (do Cauê) durante o período em que lá ficamos hospedados. Embora eu não seja torcedor de nenhum time, meu filho já cerra o punho e grita: "For-ta-le-za" quando vê o campo cheio, quando o futebol não está "dormindo".

Na sexta-feira (14/5/2004), quando liguei para a casa dos avós maternos do Cauê, sua mãe me fala que poderia estar com ele de sábado 9h da manhã até domingo 19h da noite e me pergunta "se estava tudo bem", a que respondi que não, mas que ela estava ditando as regras naquele momento e, para minha surpresa, a resposta que obtive foi "perguntei se havia entendido bem apenas, venha buscá-lo amanhã".
Ao menos pude rever meu filho em um curtíssimo intervalo de tempo, o que iluminou novamente meu coração, embora tenha me machucado muito pensar a que ele esteve submetido, uma vez que tanto estava menos carinhoso, tanto comigo como com outras pessoas, e, principalmente, por que não estava mais me chamando por "babo", a primeira palavra que aprendeu e a forma como sempre me chamou, estava me chamando de Léo, meu nome, tal como trata a mãe desde que ela deixou nosso lar, retornando para a casa de seus pais, avós do Cauê. Fiquei temeroso sobre os condicionamentos a que pode estar sendo submetido, quais os objetivos e, principalmente, quais os métodos. Confesso que a partir de então, mantenho uma vela acesa para Nelchael, seu anjo da guarda, em seu quarto, pois me perguntava a que tipo de treinamentos estava sendo submetido para que chegasse a agir dessa forma.

Não sei quando poderei o ver novamente, talvez em outra circunstância como sábado, em que se torne mais conveniente para a mãe dele, uma vez que, indignados, velhos amigos me relataram que a razão pela qual pude estar com meu filho naquela noite de sábado (15/5/2004) era que a Debra estava se divertindo, dançando e bebendo com toda a alegria no Ritz Café, na Praia de Iracema.

Acredito que não é vedado aos pais de qualquer criança a possibilidade de discordarem quanto aos mais diversos aspectos concernentes ao crescimento de uma criança e da forma como conduzem suas próprias vidas, se não os é para os pais em união estável, também não os deve ser para aqueles cujo relacionamento não mais perdura, pois não entendo que deixei de ser pai quando meu então "amorrzinho", durante visita minha à casa dos meus pais num sábado com o Cauê, levou tudo que era seu e a si mesma de nosso apartamento.

Lutei muito pela reconciliação, mas nas oportunidades em que acreditava estar acontecendo este milagre, uma vez por mês nos quatro primeiros vezs depois de nos separarmos, estava apenas sendo usado como objeto de satisfação física, o que ficou claro para mim posteriormente, quando em novembro, sabendo que eu iniciava novo namoro, ela me pediu que esperasse por ela, pois estava fazendo terapia e ia melhorar, quando, na verdade, no mesmo período, H.R., atual noivo dela, estava no Brasil e ela estava passando todas as noites com ele em seu hotel, segundo ela própria me disse posteriormente. Destaco que durante este período Cauê estava bem mal de saúde, provavelmente se expressando através do próprio corpo.

Durante o período imediatamente anterior e posterior ao momento em que a mãe de meu filho deixou nosso lar, confesso ter sublimado parte deste sofrimento em poesias, em um diário e em outras formas de manifestação artística. Produções de um homem que perdera o grande amor de sua vida e que estava sendo, a todo momento, ameaçado de perder, também, a convivência mínima que mantinha com nosso filho: o Cauê.

Acredito que é justo para marido ou mulher, qualquer um dos dois, desistir da vida em comum por qualquer motivo, mas, jamais, isso deve implicar que pai ou mãe se separem de um filho, pois entendo que a partir do momento em que assumiram a responsabilidade sobre alguém inocente e indefeso, também restringiram parte de sua liberdade individual em função do bem-estar dessa criança, até que se torne um adulto.

É dessa forma que raciocino ao buscar o local de minha pós-graduação, quando não penso em ir tão distante que não possa retornar com freqüência a Fortaleza e que esse passo terá de ser retardado até que o Cauê possa compreender a razão de meu afastamento recorrente de sua vida.

Não foi, portanto, apenas uma vez que recusei a oportunidade de voltar a trabalhar em São Paulo, a razão era de que meu salário teria de ser o bastante para sustentar dois lares naquela cidade e que dependeria do aceite da mãe do meu filho, de mudar seu domicílio e assumir sua própria casa, o que ela não aceitou quando propus.

Um dos aspectos mais marcantes na personalidade do nosso filho é sua apreciação das artes, especialmente a pintura, a música e a dança, talvez decorrente da herança familiar, uma vez que minha irmã é historiadora, museóloga e artista plástica e meu tio e padrinho é mestre em microbiologia do solo, artista plástico e um dos curadores mais respeitados no sul do Brasil.

Destaco que ainda em 2003 assistimos, eu e o Cauê, a um espetáculo de dança contemporânea e me marcou muito que ele, com pouco mais de um ano, tenha acompanhando atenciosamente a coreografia do começo ao fim. Nem todo adulto aprecia com tal atenção espetáculo dessa natureza, algo que também me machuca, uma vez que, muitas vezes, não posso levá-lo aos espetáculos artísticos exibidos em Fortaleza, por não ter a liberdade de estar com ele em minha companhia, por não poder estar com ele fora dos dias acordados entre eu e a mãe dele até a fatídica sexta-feira a qual me refiro no início desta prece.

Peço que considere as particularidades deste caso, uma vez que não considero sua casuística presa aos estereótipos ligados ao masculino e ao feminino em nossa sociedade. Basta pensar que eu, homem, cabelos compridos, tenho na culinária um dos meus principais prazeres. Ela, sem lhe valer qualquer desmerecimento, usa os cabelos raspados, possui duas tatuagens no corpo e, desde a separação, tem freqüentado regularmente a boemia de Fortaleza, tornando-se até conhecida dos funcionários da Órbita, onde consegue entrar de graça mesmo após o período normal de franquia, e do Ritz Café, aproveitando toda a juventude, inclusive como se não estivesse comprometida novamente. Em nada julgo seu comportamento como impróprio para a criação e convívio regular com nosso filho, o que, de fato, muito prezo. Peço, entretanto, suaa atenção para com as particularidades deste processo, tão ímpar e tão embebido de pós-modernidade.

Peço que me seja permitido exercer o dever e o direito de amar nosso filho, de acompanhar sua vida escolar, eu que sempre fui excelente aluno gostaria de ajudá-lo a alcançar resultados superiores aos meus, de acompanhar suas conquistas cotidianas, de ter com ele uma verdadeira e sincera convivência, em que possamos nos aceitar, plenamente e progressivamente, de permitir que sua sensibilidade aguçada perceba toda a atenção que quero dar a ele, e de ser seu pai, não com base em uma tradição de pais distantes, mas um pai presente, um pai integral.

Talvez esteja se perguntando o que é ser um pai presente para mim, entendo que há muitas abordagens pelas quais seria possível entender a presença de um pai na vida de um filho, por isso tentarei expor aqui meu entendimento, talvez até um pouco solitário em meio a tantos pais que, nem em poucos dias de visitação, aparecem para ver seus filhos, o que talvez eu possa compreender, pois acredito que seja decorrência do afastamento a que são, muitas vezes, obrigados a ter de seus filhos, assim seus vínculos vão esvanecendo, enfraquecendo, até se apagarem e não mais manterem nem pai, nem filho vivos, mesmo que seus órgãos biológicos ainda funcionem perfeitamente.

A vida, então, se torna não mais que um sofrer contínuo e resignado, na esperança de que, um dia, aquele filho, órfão de pai vivo, venha a buscar por quem o pai é de verdade, para além de todas as mentiras que ouviu ao longo do seu crescer, o que, talvez, nunca aconteça, talvez somente quando estiver passando pela mesma situação que seu pai e seja tarde demais para reverter o passado.

A presença de um pai, em minha concepção, exige atenção concentrada e focalizada em direção aos atos e aos sentimentos da criança, estando sensível para perceber todas as emoções que traduzem as particularidades de nossos filhos, o que só ocorre quando os pais vivem esses momentos entregues por inteiro, pois em nada adianta estar presente fisicamente se a mente estiver presa em outro lugar, o que acaba implicando numa proximidade não-verdadeira.

É exatamente neste ponto que tenho tido mais dificuldade em exercer minha paternidade, sintonizado com as idéias em que acredito, pois desde que soube do início deste processo, senti-me colocado de forma “inferior” ao valor da mãe e de seus familiares. Tudo o que é a mim concedido para que eu goze o dever de ser pai concerne à concepção de valor paternal variando de acordo com a conveniência circunstancial ou emocional à qual se encontra a mãe de meu filho e, para mim, pior do que não ter valor é ter um valor materializado pela conveniência.

Conseqüentemente, é desta forma que a concepção de valor, que a mim tem sido atribuído, define o quanto ou a sob quais condições devo estar presente diante de meu filho. É a paternidade um direito concedido pela mãe?

A impotência com que tenho me visto nestes dias, sendo punido por amar de forma tão intensa nosso filho, que não quero, de forma alguma, afastar do convívio nem da mãe, nem de seus familiares e amigos, faz-me lembrar que, certa vez, sabendo que sua mãe raramente o levava para ver sua bisavó, avó materna da Debra, fui visitá-la durante o curto período de tempo que passo com o Cauê, dada a importância que dou às referências familiares na formação de uma criança.

Lembro também o quanto me cortava o coração ver meu filho chorando todas as segundas e quintas pela manhã quando o deixava com sua mãe, e como procurei conversar com ela para que o recebesse de forma mais afetiva, para que sua separação de mim não fosse tão sofrida, felizmente, hoje, ele vem e vai tranqüilamente quando vou o deixar ou o pegar, mas não posso omitir a participação que tive em busca da humanização deste momento, considerando que, ao vir comigo, sempre tudo transcorreu em paz e amor.

Tenho esperança que, uma vez que minha paternidade se torne chancelada pela justiça, então será possível estabelecer um clima cordial com a mãe de meu filho, pois acredito que são a ausência de regras claras e o sentimento de potência total dela que a estão fazendo buscar o embate em oposição à conciliação, pois não é necessário conciliar quando se pode, simplesmente, "esmagar" a outra parte.

Devo destacar que nunca me neguei a deixar o Cauê com ela ou com os avós conforme combinado entre nós, mesmo quando, por motivo justo e não apenas pela variação de humor da Debra, desejavam estar com ele durante o exíguo período de tempo em que passo com ele.

Por diversas vezes, durante o período em que a Debra esteve na Suécia, por conta de seu noivado, cujo retorno adiou em uma semana com quatro dias em que estava lá, levei o Cauê para conviver com os pais dela, sem coagi-los de qualquer maneira com a minha presença e, especialmente, destaco que busquei, à partir daquela viagem, tornar-me o mais pacífico dos homens, relevando todas as maldades das quais me senti vítima, especialmente da parte da avó materna do Cauê desde a gravidez da Debra, mas que não precisam ser citadas aqui. Convém salientar que, no período que antecedeu a viagem, novamente o Cauê esteve muito doente, chegando a ser internado, envolvido com o Hospital Regional da Unimed de 1h30 da manhã até 22h da noite do dia 18 de fevereiro de 2004, em dieta zero a partir das 15h por conta de possível endoscopia no final da noite, decorrente de possível ingestão de cacos de vidro de um conta-gotas colocado pela própria mãe, talvez por demais envolvida com os preparativos da viagem, dentro de sua boa. Teve alta horas depois do check in da Debra no vôo para a Suécia.

Quando do adiamento de seu retorno da Suécia comunicado no domingo (22/02/2004), primeira vez que ligou para a casa dos meus pais para saber como o Cauê estava, preocupei-me imediatamente em adiar a consulta marcada do Cauê com sua pediatra para que a Debra pudesse estar presente, o que provocou alguma dificuldade em remarcar para um período próximo, uma vez que é médica bastante concorrida.

Hoje, em contra partida, outra pediatra foi escolhida para o meu filho, que não sei sequer o nome e nem os remédios que tem receitado a ele, o que muito me fere, uma vez que sempre prezei pela saúde integral de nosso filho, acompanhando-o em todas as consultas, exames ou procedimentos que fez e tive conhecimento, não importasse qual o compromisso profissional em que seria substituído por outro sócio da empresa na qual atuo como principal executivo, juntamente com Sérgio Ruoso, meu pai e presidente.

A minha persistência, frente à participação efetiva na vida de meu filho, resume-se na idéia de que minha convivência verdadeira com o Cauê é pressuposto necessário para ele possa criar as fontes que alimentam com qualidade o clima de amor, pois o efeito contrário, ou seja, a falta de um encontro autêntico entre nós é assimilada por ele como um sinal negativo, podendo ser traduzido como falta de preocupação de seus pais diante das suas ações e sentimentos, como conseqüência, pode interpretar este ato acreditando não ter importância que desejaria receber, passando a se valorizar menos.

Uma das maiores preocupações que tenho encontra-se na relação entre esse raciocínio e o sentimento oposto ao amor: a indiferença, pois a falta de um contato autêntico com seus cuidadores primários pode fazer com que não se sinta amado e seguro.
Assim sendo, quero estar presente de forma ativa, num encontro verdadeiro com meu filho, apoiado em toda a empatia que possa existir no mundo, sem me preocupar se estarei sendo rotulado ou não pela sua mãe.

É por isso que quero que esta oração se torne ferramenta capaz de construir os alicerces que permitam sustentar as minhas crenças em busca de uma vida com meu filho muito mais saudável e com muito mais qualidade.

E, em referência a outro pai, que passou por situação semelhante à minha e que conseguiu, finalmente, exercer seus deveres e direitos de pai: se Deus já me concedeu as asas, por meio do nascimento de meu filho, para alçarmos juntos os vôos em direção à felicidade, então, que a justiça humana nos conceda a resistência do vento, para que esse sonho possa realmente decolar.

Sem deixar de confiar em vossa capacidade para analisar a casuística ímpar deste processo, entrego minha defesa às portas da justiça, tanto a dos homens, quanto a de Deus e que as lágrimas vertidas durante a escritura desta prece possam abrir uma luz em meio às calúnias e difamações apresentadas pela acusação que deu origem a este processo.


Leonardo Ruoso, acima de tudo, pai integral

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