quarta-feira, novembro 05, 2003

This is the end, my only friend, the end...

Hora do friozinho na barriga, há vários e vários dias que estou assim, sentindo esse friozinho na barriga, agora é o fim, o fim de verdade. Eu sei que já disse outras vezes que era o fim e de fato era, algum momento foi o começo do fim, formalmente, eu entendo o começo do fim como o dia que voltei de Floripa, mas pode ter sido antes, em algum dia depois que a Debra soube que estava grávida, mas agora é o fim mesmo, é o fim por que eu estou colocando um monte de pedras em cima, não só uma, por que uma não seria suficiente para colocar tudo para dormir.

Esse post talvez maltrate um pouco a Di, talvez não, espero que não, se maltratar, espero que não seja muito, acima de tudo, segundo ela, nós vivemos uma tal duma sigla, algo como ACP, ela comenta dizendo se é isso e o que isso significa se ela achar que deve, então eu vou escrever um pouco sobre este momento.

Algumas coisas ficam meio embaralhadas, durante um tempo eu sofri violentamente por estar sendo rejeitado, então sofri inúmeras vezes com a tentativa de retomar meu relacionamento com a Debra, eu estava numa queda acelerada, com dias em que em que eu estava numa crise tão forte, que mal podia falar com qualquer pessoa, algo se embolava no meio da minha garganta, ao ponto de estar quase desesperado.

Quase nesse ponto a Di ressurgiu na minha vida, como amiga, eu sempre tive algo muito forte com a Di, desde há muito tempo, de me sentir confortável junto dela, talvez seguro, principalmente, eu gosto do jeito que ela escreve. Naquele momento eu havia desistido da Debra, desistido racionalmente, não que meus sentimentos ou meu sofrimento tivessem acabado alí. Não, o sofrimento acabou, mas o sentimento diminuiu, muito, mas não acabou.

Agora, eu estou namorando, ainda virtualmente, com a Di, a Debra já sabe disso e a opinião dela é pública sobre o meu novo relacionamento, ela está fazendo terapia que eu pedi que ela fizesse ou que a gente fizesse durante anos, e a Debra decidiu que me ama de novo e está arrependida de tudo que fez. Eu não chego a confiar na perenidade desse sentimento, não mais.

Então eu estou colocando muitas e muitas pedras em cima da minha paixão pela Debra, estou construindo um relacionamento com a Di, que é totalmente, completamente oposto ao que eu tinha com a Debra, ela tem todas as virtudes que faltavam na Debra, mas também não tem as virtudes que a Debra tem, daí­ que o meu relacionamento coma Dié um relacionamento de amor, muito amor mesmo, e o com a Debra era, de muita paixão, muita mesmo.

E com o friozinho na barriga ficam todas as inseguranças, que já não são tão grandes, mas que existem. De qualquer forma, eu procuro não cobrar meu relacionamento novo, ele não vai ser como o antigo, e nem eu queria que fosse, ele vai ser o que tiver de ser e, ao menos agora, está sendo tudo de lindo para mim, e como está sendo lindo também para ela, então não temos por que temer.

Então cheguei ao fim, e do fim recomeço.

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