segunda-feira, novembro 03, 2003

O que eu posso dizer, estou começando a semana bem, apesar dos pequenos percalços e do dinheiro que eu tenho no bolso não ser suficiente para nada, apesar de que o desafio na empresa mistura-se com meus desafios pessoais e que sinto que hora mais, hora menos, vou ter que ser capaz de fazer alguma coisa comigo mesmo que possa colocá-la em velocidade de cruzeiro.

Evidentemente, eu estou um pouco inseguro com o que vai rolar com o trabalho que vamos fazer neste mês, afinal, pode ser que todo mundo ache que eu sou um inútil e o grande problema da empresa, posso até dizer que já considero isso uma hipótese plausível, mas não posso mentir em dizer que estou preparado, mas estou me preparando.

Felizmente estou calçado, sem mim ou comigo estamos mais próximos de concluir, nosso empreendimento, em outras palavras, lançar a versão 1 do Vessel, nosso produto projeto, carro chefe da empresa. Isso graças à força que a Milena está dando, é muito bom, é como se uma parte de mim tivesse se desconectado e agora tivesse autonomia, pena que vai ser só por um tempo e estou acreditando que isso vai gerar um bom trabalho. De repente, estou pensando que isso pode ser tornar uma boa solução, delegando responsabilidades eu consigo pensar mais na estratégia e ver os progressos globais acontecendo, mas isso me torna mais "inútil" ainda.

Ah, um cliente segurou, alegou que não temos o TEF ainda homologado, o que realmente seria um problema para eles a partir de janeiro, talvez pudéssemos fazer, talvez, depende, e muito, do sucesso do nosso trabalho agora, neste mês, se for bem sucedido, poderemos assumir grandes desafios, se não, vamos ter que pensar em como resolver os desafios menores. Isso gera menos uma receita potencial, isso complica um pouco nossa vida, talvez muito, temos que analisar, temos que analisar.

Temos que analisar e me falta uma grande figura, the big picture, algo que me permita olhar para as potenciais conseqüências dos fatos que nos afligem, para que possamos pensar nas alternativas que impactam de forma real.No mais eu estou bem, na verdade eu estou bem mesmo com tudo isso, isso já é minha vida há muito tempo, muitos anos mesmo, notei que estou cansado, pudera, vão fazer 11 anos que não tiro férias, com 10 acho que encontrei meu limite, agora é reconstruir dos destroços, os últimos tempos têm sido punk, mas há uma lâmina de luz que se forma à nossa frente.

Para conseguir isso preciso atrair novamente os fiéis, eu sei que pode parecer bizarro, mas ser empresário, ao menos no Brasil, precisa de fé, e fé implica em fiéis, se você não tem fiéis, não tem uma religião, por que o único fundamento de qualquer religião é a fé dos fiéis.

Lógico, uma empresa estabelecida, além de fé, tem resultados, o bingo enche de gente e a coleta de domingo é cheia por natureza, mas se você ainda não está estabelecido, depende da mais profunda fé das pessoas, precisa retirar energia das entranhas para alcançar os objetivos, ooops, objetivos? É, também é a fé que norteia os objetivos, sem fé os objetivos ficam mirrados, e mirrados, não compensam o esforço necessário para se chegar até lá.

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